7 de outubro de 2024

Juiz nega recurso e mantém prisão de ex-funcionário de Arcanjo

Édio Gomes é acusado de participar do assassinato de quatro jovens na fazenda de ex-comendador

A Justiça negou recurso e manteve a prisão de Édio Gomes Junior, ex-funcionário de Arcanjo Ribeiro, acusado de assassinar quatro pessoas em Várzea Grande.  

O crime, que ficou conhecido como “Chacina da Fazenda São João”, ocorreu em 2004 na propriedade do ex-comendador, localizada na BR-163, na saída de Várzea Grande.

A decisão, publicada na última semana, é assinada pelo juiz Murilo Moura Mesquita, da 1ª Vara Criminal da cidade.

Édio foi preso pelos assassinatos em março deste ano em Aracaju (SE), após passar 17 anos foragido.

No recurso, ele argumentou de que não estão presentes os requisitos para a manutenção da prisão.  

Em sua decisão, o magistrado rechaçou os argumentou e citou a gravidade do crime já que as vítimas, em tese, foram mortas devido ao fato de estarem pescando em uma das represas existentes no imóvel.

Além disso, ressaltou que desde o acontecimento Édio viveu foragido. 

“Segundo consta, após a suposta prática do crime, em 20.4.2004, o réu teria evadido do distrito da culpa, permanecendo nesta condição por quase de 17 (dezessete) anos, o que cessou apenas com o cumprimento do mandado de prisão, em outro Estado da Federação, situação esta que evidencia necessidade da medida como forma de resguardar a eventual aplicação da lei penal”, afirmou o juiz.

O magistrado marcou para o dia 9 de setembro uma audiência de instrução e julgamento do caso. 

A chacina

Uma vítima foi morta por disparo de arma de fogo e três delas foram amarradas e torturadas, antes de serem mortas por afogamento.

Depois de mortos, eles tiveram os corpos jogados em uma área à margem da estrada da localidade de Capão das Antas, em diferentes pontos, a fim de dificultar o trabalho da Polícia.

Durante as investigações, a Polícia apurou que Édio teria ligado para o gerente da fazenda dizendo que “três capivaras estavam presas e uma estava morta e que aguardavam a faca para arrancar o coro das que estavam vivas”. Conforme a Polícia, ele estava se referindo às quatro vítimas.

Além de Édio, outros sete pessoas foram denunciadas pelo crime. Quatro deles já foram condenados. Em relação  a outros três foi declarada a suspensão do processo e do curso do prazo prescricional.

fonte:midianews

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *