7 de outubro de 2024

Mecânico ensina sobre o poder e importância da presença paterna na vida dos filhos

Aos filhos, Luciano e Edson Júnior, ele ensina que no tatame e na vida não há vitória sem luta

Para o mecânico Edson Silva Wagner, 40 anos, não há cansaço que justifique tornar-se relapso com as responsabilidades paternas.

Acompanhar o filho na escola, nos treinos esportivos e outras atividades, é imprescindível na relação pai e filho. Também importante ao fortalecimento dos laços familiares, entende ele.

“A presença do pai é fundamental. Está em primeiro lugar”, avalia.

Edson é casado com Ana Carolina Silva, com quem tem dois filhos, Edson Júnior, de 16 anos, e Luciano da Silva Wagner, de 14.

Como pai, ele acredita que tão relevante quanto cobrar é estar ao lado. É ensinar, apoiar e manter-se vigilante sobre o que está fazendo, onde faz e com quem o filho está convivendo.

E, claro, buscar meios saudáveis para preencher a mente e o tempo ocioso dos filhos, uma forma de gastar as energias que tantos sobram nas crianças.

O ensino regular, oferecido nas escolas formais, ele não considera suficiente.

Pensando em como melhor educá-los, Edson Wagner sugeriu aos filhos praticar algum esporte.

Sem dinheiro, a família saiu em busca de vagas em projetos sociais públicos ou filantrópicos.

A primeira tentativa, em uma escolinha municipal de futebol de campo, não entusiasmou os garotos. “Achei que eles não levavam jeito para o futebol”, reconhece o pai.

Foi com o Jiu-Jitsu que Edson Júnior e Luciano se identificaram. Júnior já pratica essa modalidade há seis anos.

Todavia, é o Luciano quem, como ele próprio diz, “quer ser atleta profissional” de Jiu-Jitsu.

Luciano e o irmão são atletas do ‘Jiu-Jitsu Rotam’, projeto social do batalhão de policiamento especializado da Polícia Militar.  

Luciano já treina há quatro anos. Mês passado, ele conquistou a medalha de bronze no campeonato Sul-
Americano. Do campeonato brasileiro, realizado no mesmo mês, trouxe medalhas de ouro e prata.

No brasileiro, Luciano foi campeão na disputa com kimono e vice na sem kimono. O campeonato aconteceu na cidade de Embu das Artes, em São Paulo.

É Edson quem acompanha os filhos nos treinos. Depois que chega do trabalho, antes mesmo do banho e do jantar, pode ser visto levando Luciano ao quartel do Batalhão Rotam, no bairro Dom Aquino, em Cuiabá.

Quando está muito cansado costuma retornar para casa, no bairro São Benedito. “Tomo banho, janto e volto para buscá-lo”, explica.

Edson diz que está sempre lembrando aos filhos que a realização de sonhos é cercada de muita luta. “Se querem vencer, seja no tatame ou na vida, saibam que não será fácil; no caminho de onde querem chegar vão enfrentar muitas lutas”, ensina.

Ele assinala que está proporcionando e mostrando aos filhos as oportunidades que não teve na vida.

No projeto ‘Jiu-Jitsu Rotam’, Edson diz que o aprendizado vai além da prática esportiva. Aprendem a ter disciplina, sobre a importância da família, respeito e outros valores morais.

Apesar da pouca idade, Luciano já sabe o que quer ser. Além de atleta profissional de Jiu-Jitsu, vai fazer faculdade de Educação Física e, quem sabe, ser treinador. Edson Filho, que está no ensino médio, quer atuar na área da Saúde, pensando inicialmente em Enfermagem.

Dados

Divulgada pela Agência Brasil em 2015, uma pesquisa do Instituto Data Popular apontou que das 67 milhões de mães brasileiras, 31% são solteiras. Isso significa que mais de 20 milhões de mulheres não contam com a presença paterna para criar seus filhos.

fonte:diariodecuiaba

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