7 de outubro de 2024

Jayme cita episódio dos ossinhos e critica “casta de milionários”

Senador apontou que é preciso “transformação no Brasil” para diminuir desigualdades sociais

O senador Jayme Campos (DEM) afirmou que é necessário programas que fomentem a maior distribuição de renda no País. Para isso, Jayme citou o episódio em que diversos cuiabanos foram flagrados recebendo doação de “ossinhos”.

O caso foi divulgado pelo MidiaNews na semana passada e ganhou repercussão nacional. Na ocasião, dezenas de cuiabanos enfrentavam fila e sol para receber doações de descarte do processo de desossa do boi, popularmente conhecidos como “ossinhos”.

Jayme apontou que Mato Grosso é responsável pela maior produção de bovinos no País, mas que isso não se traduz em distribuição de renda ou em erradicação da miserabilidade no Estado.

“Eu estava lendo uma matéria que em julho teve superávit na balança comercial de U$ 37 bilhões, e isso graças a exportação. O que adianta o superávit, e ter gente na fila pegando pedacinho de osso? Aqui é um estado rico”, disse.

“É um Estado que hoje contribui com a balança comercial, com a grande produção agrícola. Onde está essa riqueza? Temos que ter uma melhor distribuição de renda no Brasil. Criou-se uma casta na pandemia de ‘arqui-milionários’”. Uns enriqueceram demais e a classe média vai para linha da pobreza e o pobre para a miséria”, emendou.

Jayme refere-se aos índices da balança comercial do primeiro semestre de 2021, que teve patamar recorde. O montante de US$ 37 bilhões está 68% acima do registrado no mesmo período de 2020, que era de US$ 22,3 bilhões.

Contra o “fundão”

A declaração ocorreu quando Jayme fazia duras críticas ao fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, aprovado pelo Congresso Nacional na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Segundo o senador, o Brasil precisa de reformas tributárias, administrativas e políticas com urgência. 

“Nós precisamos fazer uma transformação no Brasil, caso contrário o país vai virar um verdadeiro vulcão em erupção por falta de oportunidades às pessoas menos afortunadas. É inconcebível em plena pandemia R$ 6 bilhões para fundo partidário”, afirmou.

Questionado se haveria ambiente neste momento – pré-eleitoral – para reformas estruturantes no Congresso, Jayme garantiu que sim.

“Até porque vamos viver uma nova ordem econômica no mundo pós pandemia. Teremos que nos adequar. Caso contrário ficaremos lá embaixo. O mundo está modernizando depois da pandemia”. 

fonte:midianews

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