7 de outubro de 2024

Deputados têm atritos em sessão e CPI decide desconvidar ex-governador Silval

Depois de ouvir dois empresários do ramo da mineração, Filadelfo dos Reis Dias e Priminho Antônio Riva, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal da Assembleia vai desconvidar o ex-governador Silval Barbosa, que também possui empresas no setor. O anúncio de convocação dos três gerou muito burburinho no meio político por se tratar de personalidade polêmicas.wilson santos 1200

Wilson se confundiu com foto de depoente e acabou alfinetando colega

No caso de Silval, os membros da CPI entenderam que os depoentes anteriores já haviam oferecido um panorama da atuação das mineradoras no estado. De acordo com o deputado Carlos Avalone (PSDB), os depoimentos permitiram já elaborar parte consistente do relatório com sugestões para evitar desastres ambientais e problemas de conflitos fundiários em torno de áreas onde se extrai, por exemplo, o ouro.

Entre as sugestões ele aponta um convênio da Agência Nacional de Mineração (ANM) com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para atuarem na fiscalização em conjuntos, nos moldes do que já é feito com o Ibama.

“Temos uma preocupação que é com as invasões que, além de devastarem o meio ambiente de forma descontrolada, promovem conflitos rurais sérios e é uma questão até de segurança pública”, explicou Avalone.

O deputado e o presidente da comissão, Wilson Santos (PSDB), andaram se estranhando sobre a condução dos trabalhos. Isso porque enquanto Wilson adota uma postura de mais animosidade durante os depoimentos e Avalone defende mais ponderação e quer evitar “espetáculos”.

ReproduçãoDeputado estadual Carlos Avalone_680

Deputado estadual Carlos Avalone defende mais ponderação na CPI

“Silval não deve ser chamado, pois não tem mais com o que colaborar. O impacto das delações dele é maior que a experiência dele como empresário da mineração e vai criar mais problemas que solução”, disse ao discorda da convocação. Ele adiantou que o ex-governador vai ser desconvidado.

Sem receber notificação, Silval chegou a afirmar que não teria problemas em depor, mas que só teria tomado conhecimento do caso pela imprensa e, logo que recebesse um convite formal, iria estudar como contribuir com a CPI.

Na semana passada, Wilson acabou saindo dos protocolos e brigando com o colega tucano após ele próprio se confundir com uma foto que um dos depoentes havia mostrado. O presidente da CPI apontava a imagem como sendo feita por ele em data recente e falava da devastação da área ocupada por garimpos. Contudo, a foto era de 2017 e a área já estava sendo recuperada.

Outro constrangimento ocorreu durante o depoimento da ex-coordenadora do Gaeco, procuradora de Justiça Ana Cristina Bardusco que lembrou aos parlamentares que o MP e outras instituições tem focado em investigar os crimes e que a AL deve atuar em dificultar que eles ocorram e criar medidas para ampliar a fiscalização, para evitar que a CPI se transforme em jogo de cena, de olho nas eleições do próximo ano.

Nessa linha, Avalone considera que os depoimentos não devem ser “apenas palco, poios precisamos coletar informações e não expor empresas que não tem relação nenhuma com atos que Silval apresentou em sua delação”. Ele espera que cenas de bate-boca com o correligionário não se repitam ao longo do trabalho.

 Filadelfo e Priminho Riva apresentaram à CPI a estrutura das empresas e a atuação. Eles avaliaram que há necessidade de maior atuação do estado no combate aos garimpos ilegais, pois os crimes acabam prejudicando o trabalho de quem tem cumprido a lei.

fonte:rdnews

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