7 de outubro de 2024

Há 5 anos fora, cuiabano comemora título inédito em torneio de futebol nos EUA

O cuiabano João Pedro Peterlini Souza, de 20 anos, vive um dos melhores momentos da sua vida. O motivo é porque o estudante-atleta conquistou, na semana passada, o NCAA Division I Men’s Soccer Tournament – ou College Cup -, principal campeonato de futebol universitário nos Estados Unidos. O mato-grossense reside há cinco nos EUA, quando atualmente está em Huntington, que é uma cidade localizada no estado norte-americano da Virgínia Ocidental.

Em entrevista ao , João contou como foi o processo desde a sua decisão de ir embora para os EUA. Ele relata que abriu mão de muita coisa em Cuiabá, a fim de conquistar seus objetivos longe de casa. Além de sonhar em ser um grande atleta futebolístico, o cuiabano também estuda na Universidade Marshall, onde conseguiu uma vaga por meio do Bolsas de Estudo Esportivas, fruto do programa da 2SV Sports & Education, empresa brasileira pioneira no mercado de intercâmbio esportivo e acadêmico, com foco em bolsas de estudo nos Estados Unidos.

“Abri mão de muita coisa aqui em Cuiabá. Fui muito novo para lá. Deixei aqui minha família, amigos, festas, além de todo o conforto da casa dos meus pais. Lá, eu recebi uma bolsa para essa equipe através do futebol. Estou muito feliz em poder estar conquistando meus sonhos”, disse.

No Brasil, Peterlini acredita que as chances de alguém ser um grande atleta de futebol ainda são difíceis. Segundo ele, competir por uma instituição de ensino é o caminho mais justo para o esporte profissional, diferentemente do que ocorre no Brasil. Dessa forma, João afirma que o país brasileiro não tem as mesmas oportunidades que se tem nos Estados Unidos.

“Aqui no Brasil eu até poderia conseguir ser um profissional, mas eu não acho certo o jeito que funcionam as coisas no futebol brasileiro. Aqui o esforço e os resultados não são recompensados na maioria das vezes. Já nos Estados Unidos, eu tenho a oportunidade de me profissionalizar e junto ter um diploma de uma faculdade, caso nada dê certo no futebol”, frisou.

O pai de João, o administrador de empresas Adolfo Miguel de Souza Júnior, concorda com as palavras do filho.

“Aqui no Brasil, tem um grave problema, ou você estuda ou você joga, e se você não vira um jogador profissional, você não tem estudo”

Adolfo Júnior

“Aqui no Brasil, tem um grave problema, ou você estuda ou você joga, e se você não vira um jogador profissional, você não tem estudo. Lá nos Estados Unidos, primeiro eles se formam, para depois, na maioria das vezes, se profissionalizar. Então lá o estudo está em primeiro lugar, quando não adiante ser o craque do time se você não tiver boa nota, e principalmente no caso do meu filho que ganhou 100% de bolsa por causa do esporte. Não é ainda um sentimento de dever cumprido porque filho é uma obra inacabada, mas até agora não temos o que reclamar dele”, pontuou o empresário que fez questão de sair de Cuiabá para ver Pedro ser campeão nos EUA.

Atualmente,  João Pedro mora sozinho nos Estados Unidos e longe dos seus pais. Ele afirma que o custo de vida por lá é zero. Moradia, alimentação, faculdade e toda a estrutura necessária para treinamentos é de responsabilidade da faculdade. O atleta fez questão de frisar a ótima organização da universidade em que atua, condições nunca vistas no Brasil, conforme explicou.

“Meu custo de vida é zero nos Estados Unidos. Sobre a estrutura onde eu jogo e estudo, é absurda. Campo, vestiários, salas de fisioterapias, todas as coisas de 1º mundo. As viagens para os jogos fora de casa são sempre de aviões ou de ônibus leito. Os hotéis são de qualidade. Estrutura que nunca vi no Brasil e que é sonho de qualquer atleta de base”, afirma Peterlini .

ReproduçãoJo�o Pedro Peterlini Souza

Apoio

João Pedro disse que seus pais foram o alicerce para o seu sucesso nos EUA, quando deram todo o suporte desde a sua saída de casa. A mãe Ana Luiza Ávila Peterlini de Souza, que é Promotora de Justiça do Estado de Mato Grosso, teve medo no início, mas acabou apoiando o filho a conquistar seus objetivos.

O atleta conta que o maior obstáculo no caminho foi a saudade, que foi grande no início. Por outro lado, o jovem entende que foi necessário passar por essas transformações em sua vida, pois hoje já vê o início da recompensa.

“Meus pais sempre me apoiaram muito e deram o maior suporte. As maiores dificuldades era a saudade de casa e da família, o resto foi tudo bem. Me sinto tranquilo, pois eu sei que eu tenho que passar por isso para conquistar meus objetivos hoje já estou sendo recompensado aos poucos Sensação de gratidão, por todos que me ajudaram e principalmente por todo esforço que eu coloquei para conseguir esse ganhar esse campeonato, eu e todo o time”, concluiu.

Por outro lado, o pai Adolfo se diz orgulhoso de ver o filho onde está e explica o porquê resolveu deixar o garoto ir em busca dos seus objetivos longe de casa.

“É um sentimento indescritível em relação à felicidade e a realização de um sonho não só dele, como dos pais também. O João Pedro foi para os EUA aos 15 anos de idade, então você deixar seu filho ir embora daqui de perto de casa e mandar para um país estranho, realmente você tem que acreditar muito, mas sempre foi pensando no bem dele. Sobre a decisão em deixar ele ir embora, foi porque o João Pedro joga a muito tempo futebol, quando já até já passou por alguns clubes”, disse o pai ao .

Conquista

Além de João Pedro, outros cinco brasileiros são estudantes-atletas de futebol da universidade da cidade de Huntington, em West Virginia. São eles: Vitor Dias, Gabriel Alves, Pedro Dolabella, Vinícius Fernandes e Davi Edwards. O grupo brasileiro também chegou aos EUA por meio de bolsas de estudos.

 No dia 17 de maio, a equipe Marshall surpreendeu o mundo do futebol norte-americano ao vencer o Indiana, por 1 a 0, na prorrogação, garantindo o título a uma universidade que nunca havia chegado à semifinal em sua história. Ao todo, existem são 187 equipes na Primeira Divisão do futebol universitário dos Estados Unidos, que são divididas em 22 conferências.

Durante a competição, Marshall passou pelo Fordham University, até então invicta no torneio; desbancou a primeira colocada do Ranking Nacional, Clemson University, e, depois, venceu a Georgetown University, então atual campeã (edição 2019).

Já na semifinal, a equipe derrotou a University of North Carolina e, na prorrogação da grande final, venceu o Indiana University, que é a terceira colocada do ranking nacional.

fonte:rdnews

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