AL decepcionou e fez vista grossa, afirma Emanuel ao defender plebiscito na Capital
Mesmo sem uma estimativa de custo, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) garante que a Prefeitura vai arcar com o plebiscito sobre qual modal de transporte público deve ser implantado na capital: o BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) ou VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). A Câmara já deu o aval, aprovando o projeto na última sessão, com 17 votos favoráveis e três contrários, mas o embate vai longe.
Rodinei Crescêncio
Isso porque a obra é de responsabilidade do Governo do Estado que já bateu o martelo sobre o BRT. O governador Mauro Mendes (DEM) tem reafirmado estar convencido de que o modal é o mais viável e articula uma solução jurídica para o assunto, pois o estado tem o custo anual de R$ 30 milhões para pagar o empréstimo de R$ 1 bilhão à Caixa Econômica Federal e ao Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES). Pouco mais de 20% da dívida foi quitada.
A decisão de Mauro foi anunciada em janeiro deste ano e surpreendeu, pois até o momento o secretário de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, já havia descartado o BRT e garantia uma solução para o VLT. Com a aprovação na Câmara, Emanuel criticou o Legislativo Estadual por não ter adotado a medida e levado adiante o pedido do município sobre o plebiscito.
“Qual o sentido de um governador barrar o povo? Deixa o povo decidir. Ah mas se dizem que juridicamente um plebiscito só vale se for pedido pela Assembleia, o deputado federal Emanuelzinho (PTB) pediu. A Assembleia que nos decepcionou e fez vista grossa. Não quis consultar a população”, afirmou Emanuel.
O prefeito ainda tenta articular que o mesmo ocorra em Várzea Grande onde o prefeito Kalil Baracat (MDB) chegou a dizer estar convencido da viabilidade do BRT. “Peço aos vereadores de VG que façam o mesmo e que mostrem à Assembleia Legislativa que a política está mudando e que temos que consultar a população. Tem decisões que a população deve decidir o que fazer e o caso do VLT é um caso claro por isso, por tudo que se passou e pelo volume de volumes vultosos envolvidos. Não há argumento no mundo para não fazer e a Prefeitura de Cuiabá vai pagar o custo”.
fonte:rdnews