7 de outubro de 2024

Com Covid fora do controle, Medeiros quer protesto em frente ao Palácio Paiaguás

No momento que a taxa de ocupação de UTIs em Mato Grosso chega a 87,47%, o deputado federal José Medeiros (Podemos), vice-líder do Governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, usa as redes sociais para convocar manifestação em frente ao Palácio Paiaguás, o que pode gerar aglomeração. Alega que o governador Mauro Mendes (DEM) recebeu quase R$ 16 bilhões em repasses do Governo Federal e deve “se virar” para arrumar uma solução para conter a disseminação da Covid-19 “que não seja acabar com empregos e pequenos empreendedores.

Medeiros protesto

Medeiros se refere ao decreto estadual que estabelece toque de recolher das 21h às 5h com fechamento do comércio a partir das 19h. O prazo de vigência é de 15 dias, mas as normas são avaliadas diariamente e pode ser flexibilizadas caso a situação da pandemia  apresente melhoria.

Repasses da União

 Mauro  e outros 18 governadores  responderam a   postagem do presidente da República  Jair Bolsonaro sobre repasses do Governo Federal. Alegando  que tem feito  sua parte no combate à pandemia de Covid-19,  Bolsonaro publicou no domingo (28), em suas redes sociais, uma lista com valores encaminhados pela União para cada estado em 2020.

Para Mato Grosso, Bolsonaro divulgou ter enviado  R$ 15,4 bilhões. E mais  R$ 4,96 bilhões pelo auxílio emergencial.

Em reação, Mauro e os governadores disseram que os repasses são uma “obrigação constitucional” do Governo Federal. Também  pontuaram que a parcela efetivamente enviada para a área de saúde foi “absolutamente minoritária”.

Para os governadores, Bolsonaro tratou os repasses como se fossem uma “concessão” ou um “favor” da União  aos governos estaduais. Na carta aberta,  ressaltaram que, na verdade, se trata de “expresso mandamento constitucional”.

“Nesse sentido, a postagem hoje [domingo (26) ] veiculada nas redes sociais da União e do presidente da República contabiliza majoritariamente os valores pertencentes por obrigação constitucional aos estados e municípios, como os relativos ao FPE [Fundo de Participação dos Estados], FPM [Fundo de Participação dos Municípios], FUNDEB [fundo para a educação], SUS, royalties, tratando-os como uma concessão política do atual governo federal”, diz trecho do documento.

Outro Lado

O chefe da Casa Civil Mauro Carvalho preferiu não comentar a postagem de Medeiros. Afirmou que o Governo do Estado não “dá palco” para o parlamentar.

FONTE: RDNEWS

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