Juíza mantém preso suspeito de matar a ex-esposa e jogar corpo nas margens da rodovia BR-163

Conteúdo/ODOC – A juíza plantonista da Comarca de Sinop, Luciene Kelly Marciano Roos, decidiu manter a prisão de Paulo José da Silva, de 27 anos, suspeito de assassinar sua ex-companheira, Antônia Ivila Araújo Nunes, de 20 anos, em 3 de dezembro, na cidade de Sinop, localizada a 218 km de Cuiabá. A vítima foi encontrada morta, exibindo evidências de agressão, após ser acusada de traição.

Antônia, que em 2022 já havia sido encaminhada a um psiquiatra em Guarantã do Norte por maus-tratos à filha de seis meses, ao colar fita adesiva em sua boca, estava em uma confraternização com Paulo pouco antes do trágico acontecimento. Paulo tentou enganar a polícia alegando que Antônia havia deixado o evento em um veículo de aplicativo. No entanto, as autoridades descobriram seu envolvimento após rastrear mensagens em que o suspeito utilizava linguagem ofensiva, exigindo informações sobre um suposto relacionamento atual da vítima.

Durante a investigação, Paulo compareceu duas vezes ao velório de Antônia. Ele foi localizado na sexta-feira (8), preso e conduzido à delegacia para prestar depoimento. Na audiência de custódia realizada no final de semana, Paulo alegou ter sido agredido pelos policiais civis e solicitou um exame de corpo de delito.

“Fizemos todo o trajeto (da vítima) e por meio de mensagens no celular que a vítima trocava com uma pessoa que ela estava se relacionando, chegou-se a ele (suspeito). Ele a todo momento instigava a vítima para que ela contasse detalhes da suposta traição que ela teria tido com esse outro rapaz.”, contou um investigador.

A juíza afirmou que o mandado de prisão contra Paulo estava em vigor, não identificando irregularidades na prisão. Além disso, determinou que a Polícia Civil incluísse o exame de corpo de delito nos autos do processo.

Relembrando o caso anterior envolvendo Antônia, ela estava sendo investigada por maus-tratos à filha e foi filmada pelo pai da criança ao colocar fita adesiva na boca da mesma. O incidente causou indignação na comunidade de Sinop.

Após o ocorrido, Antônia, diagnosticada com depressão pós-parto e vítima de violência pelo ex-companheiro, recebeu acompanhamento psiquiátrico. Ela chegou a solicitar uma medida protetiva contra Paulo, que foi extinta devido à falta de informações para dar continuidade à medida.