7 de abril de 2025

Abílio nega ter sido homofóbico durante CPMI e acusa esquerda de tentar retirá-lo da comissãoNesta terça, o parlamentar protagonizou mais uma confusão no Plenário, o que desta vez pode render uma punição

O deputado federal Abílio Brunini (PL) negou que tenho cometido qualquer ato homofóbico e transfóbico contra a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) durante a oitiva do tenente-coronel Mauro Cid na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPIM) que investiga os atos do dia 8 de janeiro. Nas redes sociais, Abílio acusa a esquerda de espalhar fake News por meio de vídeos editados buscando afastá-lo dos trabalhos da CPMI. O parlamentar não é membro da comissão, mas acompanha de perto das oitivas, participando das reuniões. 

“Mais uma vez estão tentando colar narrativas, narrativas, narrativas. Estão compartilhando adoidado fake News com vídeos editados com nenhuma fala minha, mas me acusando de homofobia. Absurdo! Eles estão desesperados que não conseguem colar narrativas na CPMI 8/1 e estão buscando meios para me afastar”, diz trecho da postagem feita pelo deputado.

Na tarde dessa terça-feira (11), o deputado se envolveu em mais uma polêmica na CPMI. Desta vez ele é acusado de ter sido homofóbico contra Erika Hilton. Durante a fala da deputada, mais uma vez Abílio ficou atrapalhando os adversários, momento em que Erika fica irritada e diz que ele estaria carente em busca de atenção.

Acontece que parlamentares que estavam ao lado de Abílio relataram no mesmo momento que ele teria dito fora do microfone que a deputada estaria oferecendo seus serviços a ele. Uma confusão se instala no Plenário e o presidente da CPMI, o deputado Arthur Maia (União-BA) informa que irá enviar os vídeos da sessão à Polícia Legislativa para que investigue o caso. Se for constatado por meio de leitura labial que Abílio realmente disse a frase, ele pode ser punido.

No fim de tarde de ontem, a deputada Erika Hilton confirmou que denunciou Abílio no Conselho de Ética e pediu a cassação do deputado. O pedido é assinado pela bancada do PSOL na Câmara. No documento, o partido pede que Arthur Lira (PP-AL) encaminhe o caso ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para que medidas sejam tomadas contra Abílio.

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