7 de outubro de 2024

Conselho de Ética retoma trabalhos com abertura de 7 processos

Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP) estão entre os alvos do colegiado

Conselho de Ética e Decoro Parlamentar retomou os trabalhos, nesta terça-feira, 30, com sete processos para serem analisados. Todas as representações foram instauradas, e, em seguida, foi realizado um sorteio a fim de definir uma lista tríplice para a escolha do relator de cada representação.

Agora, cabe ao presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), escolher entre os três nomes. Essa etapa acontece depois que o parlamentar conversa com os deputados sorteados para chegar a um consenso. Durante a abertura dos trabalhos, Lomato destacou que o conselho não é para “vingança”.

Eis os sete deputados que são alvos do conselho: Nikolas Ferreira (PL-MG); Carla Zambelli (PL-SP); Eduardo Bolsonaro (PL-SP); José Medeiros (PL-MT); Juliana Cardoso (PT-SP); Márcio Jerry (PCdoB–MA); e Talíria Petrone (Psol-RJ).

O conselho é o órgão responsável pelo procedimento disciplinar que aplica penalidades em casos de descumprimento das normas do decoro parlamentar. O colegiado é composto de 21 membros titulares e 21 suplentes.

Confira os nomes da lista tríplice de cada processo:

  • Representação do PSB contra Carla Zambelli: deputados Ricardo Maia (MDB-BA), João Leão (PP-BA), Washington Quaquá (PT-RJ);
  • Representação do PL contra Márcio Jerry: deputados Alexandre Leite (União Brasil-SP), Ricardo Maia (MDB-BA) e Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT);
  • Representação do Psol, PDT, PT e PSB contra Nikolas Ferreira: deputados Bruno Ganem (Podemos-SP), Ricardo Maia (MDB-BA) e Alexandre Leite (União Brasil-SP);
  • Representação do PT contra José Medeiros): deputados José Albuquerque (Republicanos-RR), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Gutemberg Reis (MDB-RJ);
  • Representação do PP contra Juliana Cardoso: deputados Marcos Pollon (PL-MS), Gabriel Mota (Republicanos-RR) e Luciano Vieira (PL-RJ);
  • Representação do PL contra Talíria Petrone: deputados Rafael Simões (União Brasil-MG), Sidney Leite (PSD-AM) e Gabriel Mota (Republicanos-RR);
  • Representação do PT contra Eduardo Bolsonaro: deputados José Albuquerque (Republicanos-RR), Gutemberg Reis (MDB-RJ) e Josenildo Abrantes (PDT-AP);

Quais são os processos no Conselho de Ética?

Durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública, Carla entrou em um embate com o deputado Duarte Júnior (PSB-MA). O parlamentar acusa a deputada de tê-lo ofendido com “vai tomar no c*”. Na ocasião, Oeste registrou o momento. Além disso, as notas taquigráficas da audiência confirmam a acusação de Duarte.

O processo que tem Eduardo Bolsonaro como alvo trata de uma discussão entre ele e o deputado Dionilso Marcon (PT-RS). Durante uma reunião da Comissão de Trabalho, Marcon teria se referido à tentativa de assassinato do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma “farsa”.

Então, Eduardo diz: “Dar uma facada no seu bucho, eu quero ver o que você vai fazer, seu Zé. Vai te catar, rapaz. Vire homem”. O filho do ex-presidente também quase partiu para as vias de fato para defender o pai, mas foi contido por seguranças.

Em relação a José Medeiros, foi o deputado Miguel Ângelo Filho (PT-MG) que relatou ter sido agredido pelo parlamentar. De acordo com o petista, ao pedir uma questão de ordem, Medeiros o teria empurrado e pisado em seu pé. Além disso, teria tentado intimidar a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).

No caso de Márcio Jerry, a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) o acusou de assédio sexual durante uma sessão na Comissão de Segurança Pública. Na ocasião, Júlia estava discutindo com a deputada Lídice da Matada (PSB-BA), quando Jerry se aproximou por trás da parlamentar, encostou o rosto no cabelo dela e falou algo.

Por fim, no caso de Talíria Petrone, a ação se refere a ofensas proferidas pela parlamentar do Psol contra o deputado Ricardo Salles (PL-SP) durante uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

Talíria disse que Salles é investigado pela Polícia Federal. Além disso, o acusou de fraudar mapas, de ter relação com o garimpo ilegal e com o comércio de madeira ilegal durante o governo Bolsonaro.

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