7 de outubro de 2024

Madeireiros de MT pedem força-tarefa para liberação de contêineres de madeira parados nos portos

Conteúdo/ODOC – A demora na liberação de contêineres de madeira para exportação parada nos portos brasileiros, especialmente os do Sul do país, está causando um efeito dominó no setor florestal brasileiro, especialmente em Mato Grosso. Por falta de análise documental dos produtos, os contêineres vão se aglomerando por até cinco meses a espera da validação do Ibama.

O presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) e vice-presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Frank Rogieri, esteve na tarde de terça-feira (25) na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em busca de auxílio para destravar a exportação da madeira brasileira.

Ele solicitou apoio da agência – que atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira – para realização de uma força-tarefa junto ao Ibama e ao Ministério do Meio Ambiente para fazer análise dos processos pelos órgãos federais ambientais.

“Essa situação traz problema de fluxo de caixa para as empresas e de credibilidade junto aos clientes sobre a nossa capacidade de entregar a mercadoria vendida. Há uma superlotação dos armazéns com madeiras e os principais deles, não querem mais receber o produto. O Brasil perde com isso”, destacou.

A lentidão nas análises começou a afetar os resultados da exportação de madeira de Mato Grosso. De janeiro a março de 2023, Mato Grosso apresentou queda de 30% nas exportações de madeira. Sem vender no mesmo ritmo do que em anos anteriores, há impactos para toda a cadeia produtiva, além da iminência da redução de postos de trabalho com a queda da produção.

No primeiro trimestre deste ano foram movimentados US$ 31,6 milhões em exportações de madeira. No mesmo período do ano passado foram US$ 44,87 milhões. A maior parte dos embarques passaram pelo Porto de Paranaguá (PR).

Menos juros e mais prazos

O vice-presidente da Fiemt também pediu apoio da ApexBrasil para que o BNDES melhore as condições da linha de crédito aos exportadores de madeira, com juros mais acessíveis e prazo maior de pagamento.

“Os juros cobrados da ACC (Antecipação de Contrato de Câmbio) são em cima de dólar estão inaplicáveis, com 12,5% de juros e mais 1,5% de flat. Precisamos de linhas mais acessíveis e com melhores condições e tornar a exportação da madeira mais competitiva. É inadmissível que o Brasil detenha a maior florestal tropical do mundo e participe apenas com 2% do mercado exportador”.

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