7 de outubro de 2024

Mais de 25% dos óbitos causados pelas chuvas na década ocorreram em 2022

Segundo Confederação Nacional de Municípios, nos últimos dez anos, foram 1.756 vítimas em decorrência dos excessos de chuvas; nos últimos cinco meses, porém, houve um acumulado de 457 mortes

Dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgados nesta terça-feira, 31, refletem o impacto das chuvas e suas consequências para o ano de 2022. Segundo o órgão, os últimos cinco meses contabilizaram mais de 25% do total de mortes por excesso de precipitação da última década – foram 1.756 no período total e 457 apenas neste ano. A pesquisa realizada pelo CNM considerou o período de 1º de janeiro de 2013 a 31 de maio de 2022 e os dados foram coletados no Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres do Ministério do Desenvolvimento Regional (S2ID/MDR). Antes deste ano, 2019 era considerado o ano mais letal por chuvas no país com 297 vítimas seguido de 2021 com 290 mortes. Os primeiros meses deste ano já superam estes balanços.

Paulo Ziulkoski, presidente da sigla, alegou que a falta de recursos que possibilitem a prevenção deste tipo de acidente no orçamento público contribui para que os problemas sejam recorrentes. “Com a redução cada vez maior de verba para prevenção, ano após ano, em todo governo, o resultado é que, na prática, só se atua na resposta, com grande peso para as prefeituras”, afirma. A entidade argumenta que as cidades não têm estrutura técnica ou capacidade financeira para atuar de maneira isolada contra as fortes chuvas. Segundo a Lei 12.608/2012, do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), a responsabilidade para redução e prevenção de riscos de desastres é uma atribuição conjunta entre municípios, Estados e a União.

fonte:odocumento

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