7 de outubro de 2024

PF indicia grupo que extraiu ouro ilegalmente em garimpos de MT e movimentou R$ 457 mi

A Polícia Federal indiciou 15 pessoas por extrair, transportar e comercializar de forma ilegal, ouro extraído de Mato Grosso e que seria levado para a Europa. Os policiais disseram que, o longo dos últimos anos, os indiciados foram responsáveis pela extração de mais de uma tonelada de ouro. Uma carga avaliada em cerca de R$ 457 milhões.

A investigação começou a partir da apreensão de 110 quilos de ouro avaliados em mais de R$ 33 milhões, no 10 de junho de 2019 em Goiânia. O minério havia sido extraído ilegalmente em Mato Grosso e seria levada para a Itália. Com isso, foram detectados indícios da participação de empresas na emissão de notas fiscais falsas com o intuito de acobertar a origem ilegal do ouro.

Ficou constatado que apesar de uma das empresas envolvidas atuar na exportação de ouro para a Europa, não há registro de comércio exterior em seu nome. Por mais de dois anos, a Superintendência da PF em Goiás empenhou-se em identificar as pessoas por trás do minério ilegal.

A investigação descobriu que o grupo possuía uma articulação bem estabelecida, com representantes em outros estados e que já havia explorado, transportado e comercializado mais de 1,5 tonelada de ouro ilegal, ou seja, quantidade avaliada hoje em quase meio bilhão de reais.

Após a apreensão feita em Goiânia, a PF deflagrou a Operação Céu Dourado em outubro de 2019, com cumprimento de 24 mandados de busca e apreensão em locais não só de Goiás, mas também no Mato Grosso e em São Paulo. Duas aeronaves utilizadas pelo grupo para transportar o ouro foram apreendidas em Mato Grosso.

Todos os agentes envolvidos foram identificados pela PF, desde os garimpeiros e intermediários que faziam a pesagem e beneficiamento do minério até os grandes empresários que adquiriam o ouro e o transportavam em aviões com notas fiscais falsas. Foram descobertas, ainda, pessoas que financiavam o grupo para a manutenção dos crimes.

Todos vão responder por organização criminosa, usurpação de bens da União, receptação qualificada, falsidade ideológica, extração ilegal e lavagem de dinheiro.

fonte:odocumento

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