5 de dezembro de 2024

Criança já quebrou 12 TVs, quase causou incêndio e deu prejuízo de R$ 48 mil

Brincadeira de criança é sinônimo de bagunça? Muitas vezes, sim, mas, para Jaxon-Carter a afirmação vai muito além dos limites. Segundo sua mãe, Shyama Underwood, 35, ela não pode se distrair por um segundo, que o pequeno já encontra algo para aprontar – e pesado! Jaxon, que tem 3 anos, já refez, por exemplo, a decoração da sala de casa, espalhando terra por todos os lados.

Desde o dia em que começou a andar, ele já quebrou doze televisões e inundou o banheiro de casa duas vezes. Essas brincadeiras já custaram aos pais £ 6.000, algo em torno de R$ 48 mil.

“Desde o momento em que ele começou a andar, não posso dar as costas nem mesmo por um segundo, sem que ele se meta em travessuras. Na semana passada, ele quase colocou fogo na casa ao enfiar seu brinquedo no forno, enquanto eu preparava o jantar – eu voltei e o forno estava em chamas”, relembra a mãe em entrevista ao Mirror.

O garoto, que foi apelidado pela família de Detona Ralph, já “redecorou” todo o banheiro com tinta cinza e alguns dias depois, tinta branca. De todos os incidentes, o mais frustante, para a mãe, foi quando o bebê derrubou a terra do vaso em toda a sala. “Ele ficava olhando para mim com aqueles olhinhos por trás de seu rosto que estava preto, imundo. Eu tive que rir para não chorar”, afirma.

Shyama tem outros três filhos, Keaton, 16, Regan, 14, e Oakley, 7, mas nenhum foi tão travesso quanto o caçula. “Meus dois filhos mais velhos tinham apenas dois anos de diferença, então, pensei que estava preparada para qualquer coisa, mas Jaxon deixa todos no chinelo”, diz ela.

Mirror

Jaxon tem 3 anos de idade

CRIANÇA TERRÍVEL?

Muitos chamam a fase que Jaxon está vivendo de terrible two ou terrible three. Para a psicóloga e colunista da CRESCER, Mônica Pessanha, as crianças de 2 ou 3 anos de idade não são terríveis. “Como adultos, vemos o comportamento errático de nossas crianças como algo que precisa ser controlado, porque elas parecem tão descontroladas, o que, do ponto de vista de adultos, realmente pode ser verdade. É aí que tendemos a recorrer a generalizações sobre os “dois terríveis” anos. Quando agimos dessa forma, podemos inadvertidamente sabotar o desenvolvimento de nossos filhos, afastar sua capacidade de entender a si mesmos, de explorar o mundo de uma maneira que faça sentido para eles e incentive sua curiosidade. Truncamos a motivação deles para aprender. Tiramos a confiança deles para criar relacionamentos e, o mais importante de tudo, interrompemos a capacidade de desenvolver as habilidades emocionais necessárias para que eles tenham sucesso na escola e na vida. Entendendo sucesso como a capacidade que uma pessoa tem, de maneira confiante, explorar o mundo ao seu redor com entusiasmo e curiosidade, sem medo de cometer erros; sentindo-se segura o suficiente para começar e de se recompor diante de uma decepção”, explica.

Então, o que os pais podem fazer para interagir melhor com os filhos sobretudo a partir dos dois anos? Eles podem:

1. Ouvir os filhos em vez de apenas conversar e direcioná-los.

2. Dar a eles liberdade para brincar e explorar o mundo de forma mais autônoma.

3. Permitir aos filhos a oportunidade de se esforçar para realizar algo e falhar.

4. Trabalhar para entender quem é cada criança e o que ela precisa em uma determinada idade.

5. Dar aos filhos limites e orientação.

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