7 de outubro de 2024

Com preço mais atrativo, consumo de carne suína deve ser impulsionado por festas de fim de ano

Christmas baked ham and red caviar, served on the old wooden table.

Fim de ano chegou e com ele o período de festas e confraternizações familiares. Nas ceias, entre os pratos mais comuns está a carne suína. Impulsionada pelo fato de que os animais usam o focinho em movimentos que remetem a “ir pra frente”, muita gente aproveita-se dessa crença e consome a carne suína na esperança de progredir na vida. Este ano, soma-se à tradição, o fato dos preços da carne bovina e até mesmo o das aves estarem muito acima do normal, custando até 40% menos, os cortes suínos se tornam ainda mais atrativos nesta época.

Vilão na inflação e no custo de vida dos brasileiros este ano, o preço da carne bovina fez com que as famílias migrassem para as carnes de frango e suína para manter a proteína na mesa. No entanto, a carne de frango também subiu, o que abriu mais espaço para a carne suína.

O aumento no consumo da carne suína foi percebido ao longo do ano, o que deu certo alívio para os suinocultores que amargavam redução na receita em função da diferença negativa que obtinham na relação entre o preço do quilo do suíno vivo e o custo de produção. Para se ter uma ideia, entre 2018 e 2021, o custo para produzir um quilo de suíno vivo em Mato Grosso saltou 84%, o que pesou na receita dos criadores. “Esse movimento no consumo interno possibilita que o suinocultor recupere um pouco a receita que deixou de ganhar ao longo do ano”, afirma o diretor executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) apontam que o consumo de carne suína atingiu 18,71 kg per capita no 3° trimestre deste ano, aumento de 13,6% em relação aos 16,47 kg de igual trimestre em 2020, e de 15,7% sobre o mesmo período de 2019. Este é o maior volume na série histórica, iniciada em 2018, e deve ser ainda maior no 4° trimestre.

“O consumo de carne suína tradicionalmente aumenta no fim do ano por causa das festas. Pensando nisso, alguns criadores até seguram os animais por mais tempo, para engordar mais, e vendem agora, quando a procura é maior”, acrescenta o presidente da Acrismat, Itamar Canossa.

Cotação

Relatório divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) referente à semana passada aponta cotação média de R$ 5,68/kg de suíno vivo no Estado, leve queda em relação aos R$ 5,86 da semana anterior. Já no atacado, apesar da queda de 1,38% no preço da carcaça, alguns cortes suínos apresentaram alta como paleta sem osso (+13,01%) e o pernil com osso (+6,07%), influenciados justamente pelo período de festas.

Números da Suinocultura

Levantamento do IBGE aponta que a produção de proteína suína ainda é a que mais cresce no país. No 3° trimestre deste ano, a produção em toneladas de carcaça cresceu 9,01% em relação ao mesmo período de 2020. Já na comparação com o 2° trimestre do ano, a alta foi de 4,68%. A expectativa é fechar 2021 com mais de 4,8 milhões de toneladas, alta de 8% sobre 2020. Em seis anos, a produção cresceu 40%.

fonte:odocumento

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *