8 de abril de 2025

Fim da obrigatoriedade de máscara em lugares abertos divide opiniões de cuiabanos; exigência segue para locais fechados

Mesmo com decreto do prefeito em exercício, José Roberto Stopa (PV) que torna facultativo o uso obrigatório de máscara em locais abertos, a maioria da população cuiabana que circula pelo centro da cidade ainda prefere seguir a medida de biossegurança.

A reportagem do Olhar Direto esteve nas praças Alencanstro e da República para conversar com algumas pessoas sobre a nova medida de flexibilização. O engraxate de sapatos Marciano Ribeiro de Oliveira, 31 anos, não considera esse o melhor momento para “relaxar” as ações contra a proliferação do novo coronavírus.
 “Não concordo por agora, porque tem muitos casos fora do país, [a contaminação] vem aumentando. Se acontece lá fora, pode acontecer aqui também e dobrado”, disse ele que perdeu o pai para a doença.

O morador de Várzea Grande que trabalha na Praça da República há 25 anos não usava máscara no momento da entrevista. “Não estou usando por causa do calor, estou todo queimado de sol”, argumenta.

O instrutor de informática Carlos Eduardo, 19 anos, gosta da flexibilização, porém, observa negligência das pessoas em alguns locais. “Não vai alterar muita coisa, porque no ônibus que é obrigatório o uso de máscara, eu vejo várias pessoas sem. Em locais públicos que é obrigatório, tem muita gente não está utilizando. Vai da consciência de cada um”.



“Tem pessoas que ainda cobram o uso da máscara, motorista, mas ainda assim não é pela Covid, elas têm receio de fiscal passar e multar o estabelecimento. É mais por essa questão do que pela saúde”, pontua.

Sebastião dos Santos Alves, trabalha como motorista e afirma que irá continuar usando máscara mesmo com decreto. “Independente do decreto eu vou continuar usando, eu uso no carro dentro do carro com meu patrão, uso em ambiente fechado como shopping e aqui na praça. Eu irei continuar usando”.



“Eu acho que é precoce [a liberação], acho que deveria esperar ainda mais. Vejo do estádio de futebol pedindo vacina, os torcedores entram com máscara, mas lá dentro ninguém usa e estão comemorando. A tendência disso é piorar”, acredita.

Liz Cassia é servidora pública aposentada e concorda com a liberação em ambientes abertos. “Eu concordo porque um ambiente aberto não há necessidade, estamos em ar puro e a qualidade do ar é melhor, não tem acumulo de pessoas. Mas concordo também que a pessoa pode colocar a máscara e o comércio possa exigir que a pessoa use dentro do estabelecimento fechado. Acho até que o uso vai se perpetuar por um longo tempo, é uma questão de higiene”, afirma.

“Mesmo porque a máscara deixa o oxigênio restrito. O gás carbônico que a gente respira acaba voltando para o pulmão. Então temos que ter qualidade de respiração também”, diz.

A decisão, publicada por meio do decreto 8.795/2021, considera a queda dos números da pandemia da Covid-19 e os resultados da vacinação, que já aplicou mais de 828 mil doses desde o seu lançamento em 20 de janeiro de 2021. 

Outro dado utilizado para adoção da medida, é o fato de que até o momento Cuiabá já atingiu a cobertura vacinal de 90% da primeira dose para o público acima de 18 anos (459.541 mil pessoas).  Já o esquema vacinal completo (primeira e segunda dose ou dose ùnica) chega a 76,8%. Já para pessoas de 12 a 17 anos, o percentual atingido é de  66% de adolescentes vacinados (de um total de 54 mil pessoas).

Stopa já havia falado sobre o assunto, disse que não tinha urgência em adotar alguma medida e que iria avaliar apenas em dezembro. Agora, alertou que, caso os números da Covid aumente, as medidas de biossegurança em Cuiabá serão reavaliadas. 

“Com a queda dos números de infectados e de ocupação de leitos de UTIs, neste primeiro momento, adotamos a medida de tornar facultativo o uso de máscara somente em locais abertos. Isso é uma realidade em várias cidades do país. E Cuiabá está acelerada em seu plano de vacinação  e estamos na esperança de que não tenhamos nenhuma internação por essa doença. Já tivemos na nossa cidade mais de 5 dias sem mortes pela Covid e esperamos que daqui pra frente possamos controlar a proliferação deste vírus que destruiu muitas famílias”, concluiu o prefeito em exercício.

fonte:olhardireto

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