5 de dezembro de 2024

Diretoria do Hospital Geral pede que Assembleia reveja projeto do FEEF para evitar perdas financeiras

A diretoria do Hospital Geral de Cuiabá buscou a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa para tentar reverter os afeitos da redução de investimentos que são repassados à unidade de saúde, após aprovação da Lei 964/2021.

A proposta de lei foi aprovada no final do mês de outubro e firma o Fundo Estadual de Estabilização da Saúde (FEEF) aos hospitais filantrópicos. Ou seja, naquela oportunidade, para dar mais ganho ao Hospital Lions da Visão, os deputados reduziram repasses de outras unidades.

Por exemplo, do Hospital Geral o repasse que era de 25% caiu para 21%. Já para o Lions, que tinha ganho percentual de 3%, os valores subiram para 6%. Isso significa que a folha mensal do hospital terá um déficit de pelo menos R$ 25 mil, o que impede ampliação do hospital e melhorias no atendimento. 

Por conta disso, a diretora da unidade, Flávia Galindo, esteve na Assembleia Legislativa e pediu que o projeto seja revisto. Atualmente, 28% dos atendimentos realizados por hospitais filantrópicos a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso são realizados pelo Hospital Geral.

Quando separados os procedimentos de alta complexidade, este percentual sobe para 82%. Entre as principais áreas de atuação do HG estão tratamentos oncológicos, neurocirurgias, cirurgias cardíacas e hemodinâmica e cirurgias ortopédicas.

O vice-presidente da Comissão de Saúde da ALMT, deputado Dr. Gimenez (PV), disse que o hospital vai encaminhar à Assembleia um levantamento detalhados dos custos e receitas para que os deputados possam buscar soluções que garantam a continuidade dos atendimentos. 

O Hospital Geral realiza mensalmente dez cirurgias cardíacas abertas e mais 50 procedimentos de alta complexidade, como angioplastia e cateterismo. Além disso, é único hospital filantrópico a realizar neurocirurgias atualmente no estado e absorveu todos os atendimentos adultos de oncologia que deixaram de ser realizados na Santa Casa de Cuiabá. De acordo com Flávia Galindo, a demanda do hospital aumentou 25%, mas a demanda de pessoas que nem chegam à unidade é ainda maior.

80 Anos 

Ano que vem, o Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá completa 80 anos de existência. Para comemorar, a entidade pretende ampliar a capacidade de atendimento no setor de cardiologia e oncologia, reformar a fachada e lançar um livro para contar a história do Hospital Geral.

“A comissão vai levantar recursos para atender este hospital, que é referência em atendimento cardíaco e tem está com uma demanda reprimida muito grande. A população da baixada cuiabana acaba sendo privilegiada pela proximidade e é preciso expandir esses atendimentos para as pessoas das outras regiões”, afirmou Dr. Gimenez.

fonte: olhardireto

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