7 de outubro de 2024

Quadrilha envolvida em crime do ‘novo cangaço’ em MT é procurada por outros roubos a agências bancárias

A quadrilha que assaltou duas agências bancárias no estilo ‘novo cangaço’, em Nova Bandeirantes, a 997 km de Cuiabá, é procurada por outros roubos a bancos na mesma modalidade, segundo o delegado Vitor Hugo Teixeira Bruzulato. De acordo com o delegado, os assaltantes têm histórico de crimes e as últimas ações do grupo foram no começo desse ano. “Os suspeitos possuem antecedentes criminais, alguns com mandato de prisão em aberto e a grande maioria com histórico de crimes da mesma natureza, de roubo a banco nesse mesmo estilo. As últimas ações do grupo foram no começo desse ano”, disse.

Ainda segundo ele, os assaltantes são de Pernambuco e um dos quatro integrantes que estão foragidos é do Pará e fugiu do presídio. “A grande maioria do grupo é de Pernambuco. Um deles que está foragido é do Pará. Ele fugiu do presídio do Pará e tinha uma condenação de roubo a banco”, contou.

A Polícia Civil concluiu o inquérito, na última semana, do maior assalto dos últimos dez anos em Mato Grosso. Assaltantes atacaram duas agências bancárias, no dia 4 de junho deste ano, e mais de 30 pessoas foram feitas reféns por homens armados e que estavam usando roupas camufladas. Alguns moradores foram colocados nas carrocerias das caminhonetes usadas pela quadrilha.

Câmeras dos caixas eletrônicos e do comércio nas proximidades registraram a ação do grupo que rendeu vítimas e formou um escudo humano para evitar a aproximação dos policiais, enquanto outra parte dos criminosos invadia as agências e roubava os valores. Durante o assalto, duas vítimas foram atingidas, mas sobreviveram. Na fuga, o bando roubou veículos, além de uma arma de fogo e um colete balístico do vigilante de uma das agências.

Os assaltantes fugiram em caminhonetes e na saída de Nova Bandeirantes, colocaram fogo em um carro para bloquear a passagem e dificultar a perseguição. Eles foram para uma mata fechada.

Durante mais de 58 dias em campo na busca pelos criminosos, policiais militares e civis chegaram a integrantes do bando que participaram diretamente do assalto. Nove deles morreram em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Força Tática, entre os dias 10 e 28 de junho, em Nova Bandeirantes. Outros cinco foram presos pela equipe da Delegacia de Nova Monte Verde e pela PM em Nova Bandeirantes.

Planejamento

O grupo criminoso chegou da região Nordeste do país. Segundo o delegado Vitor Hugo Teixeira, responsável pelo caso, os assaltantes tiveram cerca de 30 dias para planejar o roubo.

Onze criminosos, entre eles três irmãos, organizaram a logística do assalto. A maior parte veio da região Nordeste do País e chegou a Alta Floresta no mês de maio, onde foi montada a base para o planejamento da ação criminosa. Dois deles, Ronaldo Rodrigues de Souza e Diego Almeida Costa trouxeram uma camionete Hillux, roubada em Petrolina (PE). Outros vieram de ônibus, de veículo locado ou carros particulares.

A investigação identificou ainda que um veículo (uma camionete Ford F100), que foi utilizada posteriormente para levar os criminosos até o esconderijo em uma mata na área rural de Nova Bandeirantes, passou por um pedágio na estrada entre Carlinda e Alta Floresta.

Execução

Na madrugada do dia 4 de junho, os criminosos saíram de Alta Floresta em direção a Nova Bandeirantes e nas proximidades da cidade, se reuniram para distribuir as tarefas durante o assalto. Antes de agir contra as cooperativas de crédito, eles roubaram três veículos, queimaram um deles em cima de uma ponte e atiraram contra um caminhão, atravessado na pista, já com a intenção de obstruir a entrada da cidade.

Em seguida, o bando entrou na cidade e simultaneamente, divididos nas duas camionetes anteriormente roubadas e sempre em comunicação entre eles, assaltaram as duas agências. Seis deles, sendo quatro mortos depois em confronto com as forças policiais (Ronaldo, Maciel, Samuel e Cristiano) roubaram a agência do Sicoob.

A investigação da GCCO apontou que uma terceira parte do grupo ficou responsável pela organização e tarefa de resgate dos criminosos que executaram o assalto.

O esconderijo do grupo foi montado em uma área a 46 km da cidade de Nova Bandeirantes e eles tentaram confundir os policiais, roubando veículos e queimando em um ponto diferente.

Para executar a tarefa de resgate e esconder os assaltantes, o grupo formado por sete criminosos escolheu um local na região de mata fechada em Nova Bandeirantes, onde guardaram alimentos, água e acessórios como redes, para que pudessem se esconder.

No total, 22 homens participaram do maior assalto dos últimos 10 anos em Mato Grosso. Desses, cinco assaltantes foram presos e quatro ainda estão foragidos. Outros quatro vão responder em liberdade. Durante a ação policial, foram apreendidos 13 carros e 12 armas utilizadas no novo cangaço. Cerca de R$ 800 mil foram roubados nas duas agências. Desse total, R$ 573 mil foram recuperados.

fonte:odocumento

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