7 de outubro de 2024

Novos ônibus de Cuiabá são incompatíveis com BRT, diz Sinfra

Secretaria de Infraestrutura diz que chegou a alertar o Município a respeito do problema

Os 144 ônibus adquiridos recentemente para o transporte público em Cuiabá não serão compatíveis com o modelo de BRT (ônibus de trânsito rápido), a ser implementado nos próximos anos na Capital e em Várzea Grande.

Ocorre que os pontos do BRT serão nos canteiros centrais das vias e necessitaram de aberturas à esquerda e com pisos baixos. A empresas concessionárias, no entanto, adquiriram veículos com aberturas à esquerda e piso alto.

Assim, na prática, os passageiros teriam que pular dos veículos para descer nas paradas.

O esclarecimento foi feito pela Secretaria de Estado Infraestrutura (Sinfra) a um questionamento encaminhado no dia 10 de setembro deste ano, dentro da consulta pública que está sendo realizada no anteprojeto do BRT.

A Pasta esclareceu que os ônibus aos moldes dos que foram adquiridos em Cuiabá não poderão usar as estações (pontos de ônibus do BRT).

“No caso da frota adquirida pela Prefeitura de Cuiabá, com piso alto e portas à esquerda, estes veículos poderão utilizar as faixas exclusivas desde que operados em viagens expressas, ou seja, sem paradas nas estações”, esclareceu. 

O sistema do BRT tem três terminais e 46 estações ao longo da Grande Cuiabá. 

A Pasta também garantiu que a Prefeitura de Cuiabá “foi devidamente informada sobre os padrões geométricos adotados no BRT”.

“A primeira vez em 04 de janeiro quando foram enviados os estudos técnicos que definiram pelo BRT em substituição ao VLT e em 11 de março por meio de uma nota técnica emitida pela Sinfra à Semob (Secretaria de Mobilidade Urbana)”, consta em resposta.

Segundo a Sinfra, a integração entre as linhas de eixo BRT com outras linhas de ônibus no corredor podem ocorrer de duas maneiras.

A primeira é nas principais linhas de ônibus, que operam de forma mista, ou seja, dentro e fora do corredor “a operação será com frota de piso baixo e porta em ambos os lados”. 

A segunda é nas linhas que têm como destino o Centro da Capital, que circulam em trechos curtos nas avenidas onde estão os corredores exclusivos com paradas à direita e acesso às estações de canteiro central por travessia semaforizada. 

“Neste caso opera-se com a frota comum, ou seja, ônibus de piso alto com portas somente à direita”, apontou a Sinfra.

Garantia do prefeito

Ao realizar a entrega dos 144 veículos adquiridos por meio de concessão pública, no dia 3 de agosto, o prefeito garantiu a que os ônibus poderiam ser usados no novo modal.

“Terá portas para os dois lados para atender o modal que será implantado na Capital. Se for o VLT, a  porta para o lado direito e se for BRT usará o lado esquerdo”, disse o emedebista .

O anúncio pela implantação do modal, em substituição ao VLT, ocorreu em dezembro do ano passado. 

À época, Mendes apontou critérios econômicos e disse que para terminal o VLT (Veículo Leve sobre Trilho) seriam necessário mais R$ 763 milhões, que somado com o R$ 1,08 bilhão já pago, custaria aos cofres públicos cerca de R$ 1,8 bilhão.

fonte:midianews

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