MT tem 122,9 mil “nem-nem” que somam 4,7 milhões no país e faz PIB perder R$ 46,3 bilhões
Conteúdo/ODOC – Mato Grosso tem 122.947 jovens de 15 a 29 anos que não estudam e nem trabalham, a chamada geração nem-nem. Isso representa 14,5% da população estadual, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua referente a 2022. No país, cerca de 4,7 milhões de jovens de 18 a 24 anos que nem estudam nem trabalham.
Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou que a geração nem-nem poderia ter contribuído com R$ 46,3 bilhões no Produto Interno Brasileiro (PIB) em 2022.
Pelos cálculos da CNC, a cada R$ 1 de aumento na renda média do grupo de jovens entre 18 a 24 anos, há impacto médio de R$ 1,6 milhão na atividade econômica do país. O levantamento considera os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o salário médio de contratações do Caged, que na época era R$ 1.919,81.
O valor atualizado para 2023 e 2024 tende a ser consideravelmente maior, devido à retomada da política de valorização do salário mínimo e ao atenuamento da crise de Covid-19, que possibilitou uma reabertura mais ampla da economia.
Além disso, dependendo da região o impacto sobre o PIB pode ser maior ou menor. Nos estados do Sudeste, o impacto seria de R$ 5,5 milhões, enquanto nos estados do Norte é de R$ 400 mil.
A inserção dos jovens no mercado de trabalho, especialmente no primeiro emprego, garante a reposição da população economicamente ativa. Na outra ponta, há trabalhadores que saem de atividade por morte, aposentadoria, doença, invalidez ou mesmo dificuldade de recolocação.
Conforme o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, essa nova geração de jovens não querem apenas emprego e estabilidade, mas um propósito para que o jovem consiga colocar a sua marca. “Geralmente essas gerações mais novas que trazem todos os motores de inovação de modernização da economia”, lembra.