4 de dezembro de 2024

Perdas no plantio com estiagem e pouca chuva levam produtores de soja em MT a investir no algodão

Conteúdo/ODOC – A estiagem histórica em Mato Grosso neste ano e a chuvas irregulares levaram produtores de soja a trocar a oleaginosa pelo algodão. Cerca de 90% dos produtores rurais foram afetados de alguma forma pela estiagem no Estado.

Na região de Primavera do Leste (240 km de Cuiabá), houve perda média de 2,8 mil hectares de soja. Alguns produtores perderam em torno de 80% do plantio da soja, por isso houve muito replantio nessas áreas.

“Na região de Primavera do Leste, houve um acréscimo em torno de 30% no plantio do algodão safra, deixando de lado a cultura da soja, considerando as áreas de replantio”, detalha, explicando que em algumas regiões, os produtores ficaram mais 28 dias sem uma gota de chuva”, informou a consultora técnica Jociela Neres.

Ela e a também consultora técnica Maria Valesca Lima Soares, que atuam no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso, vivenciam, com grande proximidade, as duas realidades e auxiliam o produtor, por meio de suporte técnico e inovação através de novas tecnologias, buscando alternativas que auxiliem à mitigação dos impactos causados pelos extremos.

“Em uma visita técnica nas áreas de campo de geração de demanda, me deparei com uma triste situação de encontrar talhões em estado crítico. Vi como os funcionários, gerente e produtores, pediam “aos céus” para mandar chuva nem que fosse dez milímetros, que já ajudariam a aliviar a situação”, conta a especialista.

Tanto no Sul com excesso de chuvas e em Mato Grosso que sofreu com a falta de chuvas, Maria Valesca diz que a preocupação do produtor é a estabilidade climática, o que vai ocorrer daqui para a frente, é realizar o investimento na lavoura e se vão conseguir colher.

“É uma preocupação constante, pois o produtor relata que tem produtos disponíveis e não consegue aplicar. Escuto relatos de preocupação de como vai ser a safra, se conseguirão fazer uma boa colheita. Toda a cadeia do agronegócio que atende o produtor, o consultor, o agrônomo, a revenda, o distribuidor, todos ficam preocupados”, diz Maria Valesca.

O principal trabalho das duas consultoras técnicas é de mostrar a importância de estratégias adaptativas e soluções inovadoras para que as consequências destas condições climáticas extremas sejam minimizadas nas lavouras. Ambas estão acompanhando o desenvolvimento das safras com aplicação de um elicitor de plantas, tecnologia desenvolvida pela Elicit Plant, que avaliam os resultados após os eventos extremos nas duas regiões estudadas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *