7 de outubro de 2024

Lula não cumprirá promessa na indicação ao STF, mulher negra está fora de cogitação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou nesta segunda-feira (25), que gênero e cor não serão determinantes na escolha de seus indicados para as vagas abertas na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Supremo Tribunal Federal (STF). Em coletiva no Palácio do Planalto, o presidente disse que a seleção se dará com base em “atender os interesses e a expectativa do Brasil”. Ele destacou: “Não precisa perguntar essa questão de gênero ou de cor. No momento certo vocês vão saber quem eu vou indicar.”

A vaga na PGR se deve ao término do mandato de Augusto Aras nesta terça, 26. Lula pode optar pela lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República, que inclui Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino, ou escolher alguém fora dela, como fez o ex-presidente Jair Bolsonaro.

No STF, a vaga será deixada pela ministra Rosa Weber, que se aposenta compulsoriamente no dia 28. Mesmo com pressões para que indique outra mulher, mantendo uma representatividade feminina na Corte, o cenário aponta para a indicação de um homem, repetindo o gesto de junho, quando Lula indicou o ministro Cristiano Zanin. Nomes como Flávio Dino, ministro da Justiça, e Jorge Messias, advogado-geral da União, são cotados para o cargo. Caso confirme a tendência masculina, o STF retrocederá em representatividade, ficando com apenas uma mulher em seu quadro.

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