7 de outubro de 2024

Deputado acusa ministro de obstruir investigação após sumiço de imagens e defende busca e apreensão

Conteúdo/ODOC – O deputado federal Abílio Brunini (PL) afirmou que a declaração do ministro da Justiça, Flávio Dino, de que as imagens das câmeras do Ministério da Justiça foram apagadas automaticamente após prazo de 15 dias, seria uma narrativa para “obstrução” nas investigações dos ataques golpistas à sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

“As imagens foram apagadas porque só duram 15 dias. Alguém aí acredita nisso? Será que eles acreditam que estão conseguindo enganar o povo?”, escreveu o parlamentar em suas redes sociais.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro pediu as gravações das câmeras de segurança do Ministério da Justiça, mas, como a solicitação foi feita sete meses depois do ocorrido, as imagens já não existem mais. Flávio Dino, comentou na quarta-feira (30), que as imagens do dia 8 de janeiro não existem mais por “problema contratual”. O ministro, no entanto, disse que o secretário-executivo do ministério, Ricardo Cappelli, está tentando obter outras imagens.

“O mesmo problema aconteceu no Senado. É problema contratual. Eu não sabia disso. Não sou gestor de contrato, sou ministro da Justiça. A Polícia Federal veio aqui e recolheu o que precisava. Só soube agora quais imagens a PF recolheu. Eu não conheço o inquérito, está tudo sob sigilo”, declarou.

Já Abílio, que é fiel opositor ao Governo Lula, quer que sejam feitas busca e apreensão e cobrou ainda um posicionamento do presidente da CMPI, o deputado Arthur Maia (União-BA).

“acham que a gente acredita na narrativa deles. Imagina o ministério da justiça? As imagens sumir em 15 dias? um absurdo isso. O que aparenta é uma obstrução, querendo fazer atos protelatórios e aí depois de um tempo vai falar que as imagens foram recuperadas. Eles estão ganhando tempo, querendo enrolar o máximo possível e isso não pode acontecer, o presidente da CPMI tem que tomar uma decisão sobre isso e mandar fazer uma busca e apreensão”, declarou em entrevista à Jovem Pan News.

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