7 de outubro de 2024

Municípios mato-grossenses rateiam R$ 5 milhões por compensação pelas perdas com ICMS

Conteúdo/ODOC – Os 141 municípios de Mato Grosso começaram a receber a primeira das sete parcelas da compensação da queda do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que afetou os municípios no segundo semestre do ano passado. O Governo do Estado repassou na sexta-feira (28) aos cofres das prefeituras R$ 5 milhões, referentes à primeira parcela do ressarcimento.

Até o final de 2023 os municípios vão receber sete parcelas de igual valor. A previsão é que a recomposição financeira seja feita de forma gradual, estendendo-se até 2025.

A compensação se deve à medida em reduzir as alíquotas do ICMS sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transportes, estabelecida na Lei Complementar 194/2022, de iniciativa do governo federal.

As quedas no repasse começaram a ser verificadas em agosto de 2022, prolongando-se até dezembro. As variações mais significativas para os municípios foram constatadas em outubro (-25,31%) e em dezembro (- 25%). Para efeito de comparação, em outubro de 2022 o repasse do imposto foi de R$ 392 milhões, enquanto no mesmo período de 2021 foi de R$  525 milhões.

O presidente da AMM, Neurilan Fraga, que integra o Conselho Político da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), destacou que o movimento municipalista se mobilizou pela compensação, prevista em projeto de lei de autoria do senador Wellington Fagundes.

“Participamos de várias reuniões no Congresso Nacional para defender a recomposição das perdas financeiras, que impactaram o caixa de prefeituras de todo o país. Em Mato Grosso as oscilações negativas na transferência do ICMS comprometeram as finanças dos municípios, que têm no repasse constitucional uma de suas principais fontes de receita”, assinalou o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga.

A compensação financeira aos estados e, por extensão aos municípios, foi anunciada em março pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que assegurou o repasse de R$ 26,9 bilhões aos entes estaduais visando compensar perdas de arrecadação ocasionadas pela redução da alíquota do ICMS  sobre combustíveis e outros itens.

Mato Grosso teve uma perda de mais de R$ 1 bilhão por conta da redução da tributação, principalmente sobre o ICMS do óleo diesel. O efeito da lei alcançou os municípios, que têm direito a 25% do imposto.

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