7 de outubro de 2024

Lula proíbe celulares em reunião com ministros

Encontro durou mais de nove horas

Na quinta-feira 15, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com os 37 ministros no Palácio do Planalto.

O encontro, que durou nove horas, foi marcado pelo impasse envolvendo o nome da ministra do Turismo, Daniela Carneiro.

Mas o que chamou a atenção foi um pedido inusitado feito por Lula e seus assessores aos ministros. Os participantes tiveram que deixar os celulares do lado de fora da Sala Suprema do Palácio do Planalto. A informação foi publicada pela revista Veja.

A intenção dos assessores de Lula era a de evitar vazamentos de trechos da reunião. Os auxiliares próximos a ministros também não puderam entrar no local durante as nove horas do encontro.

Ainda segundo a Veja, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, teve de sair no meio da reunião para usar o telefone de um auxiliar no segundo andar do Palácio do Planalto.

Essa foi a terceira reunião ministerial realizada pelo petista desde o início do ano. O primeiro encontro foi em 6 de janeiro, logo depois da posse. Já o segundo foi em 10 de abril, para o balanço dos 100 dias de governo.

Lula quer que ministros liberem cargos para ‘salvar’ articulação política

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu para os ministros darem andamento às nomeações de cargos que ainda não foram designados oficialmente nas pastas para “ajudar” o governo na articulação com o Congresso Nacional.

“O presidente reiterou o pedido para que todos apoiem e ajudem Padilha a cumprir os compromissos que ele assumiu — uma vez que tem uma quantidade de cargos que foram indicados na negociação da composição do governo, e os ministérios ainda não colocaram no sistema essas indicações”.

Segundo o site da CNN, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável por essa articulação com o Congresso, cobrou a liberação dos cargos na reunião realizada na quinta-feira 15 entre o presidente e os ministros. A reportagem informou que Padilha já havia indicado a existência de uma lista com aproximadamente 400 nomes que já foram passados para a sua pasta e que ele deu encaminhamento aos ministérios para avalizarem as nomeações.

No entanto, os ministérios nem sequer deram início aos trâmites burocráticos para aprovar esses nomes. Padilha citou nomes travados nesse processo há três meses e teria pedido ainda para os ministros se abrirem mais aos parlamentares.

Rui Costa ainda acrescentou: “A articulação política exercida pelo Padilha precisa da contribuição de todos. O pedido do presidente foi para haver essa colaboração mútua, e todo mundo tocar afinado e no mesmo tom”.

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