7 de outubro de 2024

Laticínio em Mato Grosso perde 88 mil litros de leite durante um mês devido atoleiros na rodovia MT-170

Conteúdo/ODOC – O laticínio Casterleite já perdeu 88 mil litros de leite com atoleiros na MT-170. Nesta semana, a empresa teve que jogar fora 40 mil litros de leite, após o caminhão que fazia o transporte do produto ficar quatro dias preso em um atoleiro. Em entrevista ao Canal Rural, o empresário e proprietário do Laticínio Casterleite, Leonir Maria Júnior, lamentou a perda. No mês passado ele já tinha tomado prejuízo com a perda de 48 mil litros de leito no atoleiro.

Caminhões e carretas paradas também representa mortes de animais, especialmente de gado, que estavam sendo transportados para os frigoríficos. Os 120 km da MT170 entre Juruena e Castanheira tem sido desesperador para o setor produtivo.

“Eu sei que vai sair o asfalto, que estão mexendo, que vão mexer. Só que o governo tinha que entrar em um acordo para as empreiteiras que vão mexer no asfalto dar uma manutenção na estrada por enquanto, porque está abandonado. Não tem ninguém mexendo. Está à Deus dará”, disse Leonir.

A Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), que está no trecho com o projeto Acrimat em Ação, também criticou a situação de abandono da rodovia por meio de um vídeo

Para percorrer 50 km, os caminhoneiros estão levando até 3 horas, num cenário otimista, quando não ficam com veículos presos na lama. Atoleiros, prejuízos e acidentes são a realidade dos pecuaristas da região de Juruena. “Não está passando nada. As chuvas continuam e a situação continua a mesma. Neste trecho de 120 quilômetros, entre Castanheira e Juruena, os atoleiros estão concentrados num trecho de sete quilômetros”, relata o presidente do Sindicato Rural de Juruena, Marcos Belizario Rodrigues.

Conforme a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), As empresas contratadas pelo Governo de Mato Grosso para asfaltar a MT-170/208/418, antiga BR-174, já estão mobilizadas e trabalhando na manutenção da rodovia localizada no Noroeste mato-grossense.

A pavimentação deve começar com o fim das chuvas. Além disso, a estrada tem grande fluxo de caminhões pesados, com mais de 90 toneladas, o que dificulta a sua manutenção durante chuvas fortes. “Em muitos trechos, a rodovia tem o seu leito mais baixo do que a lateral, ou seja, a água não tem para onde escorrer e fica parada na pista”, explica o secretário de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira.

Esse trecho da rodovia foi federalizado em dezembro de 2008, com a promessa de que o Governo Federal iria realizar a pavimentação. Como em mais de 10 anos as obras não foram iniciadas, o Governo de Mato Grosso solicitou que a estrada retornasse para a administração estadual.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *