Na AL, Janaína vê Emanuel em ‘torturante inferno astral’ e lembra que todos alertaram: “você vai ser preso”

A deputada estadual Janaína Riva (MDB) fez um discurso duro sobre o quadro da saúde pública de Cuiabá, que vive nova intervenção do Governo do Estado. A parlamentar, na tribuna, durante sessão legislativa, falou do inferno astral vivido pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que corre, segundo ela, o risco de ser afastado ou até mesmo preso por conta da falta de médicos, de medicamentos, e da falta de pagamento a fornecedores e até servidores. Segundo Janaína Riva, o prefeito vive rodeado de “puxa-saco”.

“Eu era amiga do Emanuel, assim como muitos aqui. Nós temos avisado: você vai sair preso, você vai ser afastado, mas fica rodeado de puxa-saco, que fica vendendo o dia inteiro que está tudo bem. Ele (Emanuel) vai ver onde estarão os puxa-sacos quando ele for pra cadeia! Porque eu já vivenciei isso dentro da minha casa. Mas na hora de roubar sempre tem quem ajudar, mas na hora de pagar, vai pagar sozinho e não vai reclamar que está desavisado”, disse em discurso na tribuna.

Conforme Janaína Riva, quando o caos se instala na Capital, o Estado inteiro sofre. “Cuiabá atende pacientes do interior não porque o prefeito é bonzinho, mas porque recebe recurso público pra isso e tem obrigação de atender. O prefeito Kalil é do MDB, mesmo partido do Emanuel, e ele não aguenta mais. Está atendendo 40%  a mais de pessoas em relação ao mesmo mês do ano passado e está colapsando a saúde por lá”, afirmou Riva.

A parlamentar fez questão de apontar, ainda, que nenhuma das demais 140 prefeituras do Estado teve tantos secretários de saúde afastados e até mesmo presos. “Teve gente séria que preferiu sair, como o Dr. Huark Douglas, a Ozenira Félix e a Sullen Alliend, que é servidora pública, enquanto isso o Emanuel continua lá. A Justiça é lenta, até esses crimes serem julgados o Emanuel já vai estar fora da prefeitura, por isso o Tribunal optou por uma medida drástica, excepcional, que é a intervenção. O caso de Cuiabá não pode ser comparado a nenhuma prefeitura de Mato Grosso, porque nenhuma teve quase 10 secretários, eu nem sei quantos foram, pois já perdi as contas de quantos foram afastados e quantos pediram para sair”.

Para completar, a deputada disse que “nem nas maiores delações já feitas nós vimos tanto escárnio contra a saúde, tantos secretários presos, afastados e exonerados. Nenhum desvio de dinheiro público deve ser relativizado, mas quando se tira da saúde os resultados são morte e sofrimento da população mais humilde que depende do SUS”.