7 de outubro de 2024

Mateusinho, lateral do Cuiabá, vira réu por esquema de manipulação de jogos em apostas web

A Justiça de Goiás acatou denúncia e tornou réu o lateral-direito do Cuiabá, Mateus da Silva Duarte, o Mateusinho, por suposto esquema de manipulação de jogos da Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado. Contratado pelo Cuiabá Esporte Clube em janeiro deste ano, Mateusinho foi um dos alvos da operação “Penalidade Máxima”, deflagrada em fevereiro.

A denúncia foi oferecida pelo MPE contra 14 pessoas envolvidas no suposto esquema. São os jogadores: Romário (ex-Vila Nova) e Joseph (Tombense), além de Bruno Lopez de Moura (vulgo BL), Camila Silva da Motta, Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro, Victor Yamasaki Fernandes, Zildo Peixoto Neto, Allan Godoi dos Santos, André Luís Guimarães Siqueira Júnior (André Queixo), Paulo Sérgio Marques Corrêa, Ygor de Oliveira Ferreira (Ygor Catatau) e Gabriel Domingos de Moura.

Estima-se que cada jogador escolhido para provocar os pênaltis que favoreceriam o grupo tenha recebido aproximadamente R$ 150 mil pelo ‘serviço’.

Mateusinho irá responder pelos crimes de organização criminosa e manipulação de resultados. Ele foi contratado pelo Cuiabá em janeiro como um dos reforços para a temporada de 2023, tendo jogado cinco partidas pelo Dourado neste ano. Em 2022, ele atuava pelo Sampaio Corrêa (MA).A assessoria de imprensa do Dourado informou que não vai se manifestar sobre o assunto. O Ministério Público de Mato Grosso confirmou que prestou apoio operacional à operação.

De acordo com as investigações, o lateral teria causado um pênalti proposital no primeiro tempo da partida entre seu ex-time e o Londrina (PR). O lance, segundo as investigações, foi previamente combinado com a organização criminosa, que teria feito uma aposta na vitória do Sampaio Correia.

Ainda conforme o MP-GO, três partidas – entre elas a vitória do Sampaio Correa por 2 a 1 sobre o Londrina, na última rodada do Brasileirão série B 2022 – são investigadas. Elas indicam que o grupo cooptou atletas para manipularem os resultados das partidas por meio de ações em campo, como o cometimento de pênaltis no primeiro tempo dos jogos, entre outras iniciativas para viabilizar a vitória da organização em apostas esportivas de elevados valores. Em contrapartida, com a vitória do time escolhido pela quadrilha, os atletas recebiam parte dos ganhos.

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