7 de outubro de 2024

Convênio de R$ 30 milhões entre Seduc e faculdade religiosa pode ser revogado após reação de outras escolas

Um convênio celebrado entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e a Unifaccc Católica (ligada à igreja católica) e que não é universidade, mas apenas faculdade, no valor de R$ 30 milhões para aplicação de cursos poderá ser revisto, mas já rende protestos de todos os lados. O convênio foi assinado na última sexta-feira (20).

Dentro do programa “Pacto pela educação”, o convênio tem o objetivo de conceder bolsas de ensino para cursos técnicos, superior e pós graduação aos alunos da rede pública de ensino, mas membros e diretores do Sindicato dos Profissionais da Educação Sintep)  manifestaram que seria uma forma de terceirizar a educação pública. O Sintep lida com atividade profissional do professor e comunidade escolar.

Empresas privadas e organização social estão revoltadas e preparando denúncia contra o projeto .

Empresas de tradição, reconhecimento público e  influência no setor, universidades e escolas técnicas, repudiaram a forma de priorizar somente uma instituição (a Unifacc) essa mesma faculdade que emprega o termo “Uni” , mas é ainda uma Faculdade e ligada à rede católica de Mato Grosso .

-“O governador não deve estar sabendo disso ou está sendo induzido a permitir uma aberração que não ajuda a educação, professores e alunos, mas um grupo empresarial religioso”, diz um executivo de escola técnica que a atua em Mato Grosso.

As empresas começaram a se movimentar e cobrar de associações do setor que representem o convênio , pelos motivos de preço dos cursos superestimados e centralização a uma única empresa . Querem entender o motivo, até porque a Secitec (Secretaria Estadual de apoio Social), uma entidade pública, oferece os mesmos cursos da Unifacc sem nenhum custo.

Os empresários  em grupo de Watsapp e de outras plataformas cobraram do presidente da associação uma posição sobre. Ele disse, entretanto, que  ainda iria verificar, a princípio na enxergando qualquer ilegalidade, mas que conversará sobre o referido convênio público com os responsáveis para poder manifestar .

Alguns, que não quiseram se manifestar formalmente, mais disseram que até as seis empresas tradicionais e qualificadas do setor se assustaram com o valor de 30 milhões do convênio e por não terem sido convidados ou consultados.

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