Decisão de Botelho pode colocar ponto final em chance de consenso na ALMT
Se presidente não recuar do prazo de ‘até ontem’, racha pode ser definitivo
O presidente e pré-candidato à reeleição na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (União), tem nas mãos o poder de causar um racha em definitivo com o grupo do deputado Max Russi (PSB) se assim quiser e isso pode ser anunciado ainda hoje. Basta ele ser inflexível no prazo público dado ao parlamentar do PSB para decidir se iria compor ou não: 23h59 de quinta-feira (19).
Isso porque o primeiro-secretário e também pré-candidato a presidente da ALMT, deputado Max Russi, já anunciou que ele e o grupo só irão tomar uma definição na próxima quarta-feira (25), exatamente 7 dias antes da posse da nova legislatura e nova eleição para Mesa Diretora. Caso contrário, haverá embate.
Se isso acontecer, será o fim de uma dobradinha que acontece há 3 biênios. Desde que Botelho foi presidente da ALMT pela primeira vez, em 2017/2018, Max Russi foi o primeiro secretário da Casa de Leis.
O prazo de Botelho
Esse prazo de ‘até ontem’ foi anunciado por Botelho à imprensa no início da semana. Na ocasião, ele mandou um recado aos deputados que fariam “jogo duplo”, dizendo não haver espaço na Assembleia Legislativa para quem não tem palavra, para quem muda de lado.
Alguns dias depois, o deputado eleito Fábio Tardim (PSB), de Várzea Grande, veio a público dizer que votará em Botelho, apesar de ser do grupo de Max Russi. Ele era tido como uma das possibilidades de não ter definido voto.
O parlamentar do PSB acredita que, em caso de racha, a eleição será acirrada, decidida por um voto ou até mesmo terminar empatada, com 12 votos para cada lado. Já Botelho acredita que vencerá por 14 a 10.
Em caso de empate, Botelho sairia vencedor porque o primeiro critério de desempate é a idade e ele é mais velho que Max Russi. Por outro lado, o deputado do PSB, apesar de não abrir o jogo, vê possibilidades reais de cooptar 3 votos para virar o jogo. Um já teria sido convertido.
