Adevair insinua que cobrança de prefeito sobre caso Paccola o deixou desconfortável para relatar processo
O petebista está na composição da Comissão de Ética como suplente do vereador Kássio Coelho (Patriota), escolhido como relator do caso
O líder do prefeito na Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Adevair Cabral (PTB), declarou que seria “ruim” caso fosse escolhido para a relatoria da comissão processante que busca cassar o mandato do vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa.
Adevair está na composição da Comissão de Ética como suplente do vereador Kássio Coelho (Patriota), escolhido como relator do processo. Kássio está em licença e deve retornar na quinta-feira (4).
Conforme o petebista, seria um desconforto ser relator da investigação, uma vez que Paccola é da oposição. Isso deve-se ao fato das críticas que Emanuel tem direcionado a Câmara por conta do caso, e a possibilidade da relatoria ser apontada como tendenciosa, caso a função ficasse a seu cargo.
“O prefeito tem dado entrevistas na televisão que a Câmara tem que fazer alguma coisa. Então seria muito ruim eu, como líder do prefeito, fazer a relatoria deste processo, mas eu vou estar junto com a comissão, menos como relator. Até o presidente da comissão analisou e achou por bem não ser eu o relator deste processo”, explicou Adevair.
No mês passado, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) avaliou a situação da Câmara com Paccola como constrangedora e cobrou posicionamento da Casa sobre o caso. Por isso, Adevair afirma que optou por ser apenas coadjuvante na produção do inquérito da Comissão de Ética.