7 de outubro de 2024

Jornalista faz vaquinha on-line para representar Cuiabá em maratona em Porto Alegre

Corrida permitiu restabelecimento da saúde mental da atleta amadora

Conseguir incentivo à prática esportiva é realmente um desafio. Para uma atleta amadora, corredora apaixonada, separada da prova escolhida por uma pandemia, é imprescindível o apoio de todos. E foi por meio de uma vaquinha on-line que a jornalista-atleta Daniele Danchura está buscando formas de representar Cuiabá na Maratona Internacional de Porto Alegre, em junho. E se você quiser contribuir, aqui está o link.

Dani Danchura, como é conhecida, está se preparando para a primeira maratona que irá participar desde 2019. Sim, desde antes da pandemia. Soube da data previamente agendada para essa maratona (que seria em 2020), comprou pacote de viagens, com passagens aéreas e hospedagens inclusas… o restante, todo mundo já sabe: prova suspensa, sem data prevista, fim do prazo de remarcação junto à agência de viagens, busca por reembolso e o sonho se distanciando.

Em dezembro de 2021, com flexibilização de público e pandemia mais branda, a maratona ganha nova data: 12 de junho de 2022. Só que os custos necessários – R$ 2 mil – pesam para a assalariada. “Nós, seres humanos, temos dificuldade de pedir ajuda. Mas se eu fosse depender de meu orçamento doméstico, não conseguiria ir. Pensei na vaquinha e me perguntei: ‘por que não?”, comentou a atleta ao Leiagora.

Muito surpresa e grata com a repercussão da vaquinha, Dani Danchura já está próxima de bater a meta – até o fim desta reportagem, ela tinha alcançado R$ 2.090,21. Novata nessa relação com sites de cota on-line, mesmo alcançando o valor necessário, precisará complementar o recurso, já que será depositado para ela com descontos.

Ela está bastante ansiosa, porque receber tal incentivo aumentou, e muito, a responsabilidade dela com a prova e ela sente que precisa ir bem, como forma de “prestar contas”. “Antes, eu estava indo sozinha, agora, estou levando muitos”, disse, referindo-se aos doadores.

Você também pode ajudar e incentivar o esporte de Mato Grosso: acesse o link e doe. Quem quiser conhecer a relação que Dani Danchura tem com a corrida, siga @corre_danchura.

Atleta amadora

Tamanha a importância da Maratona Internacional de Porto Alegre que muitos cuiabanos vão participar dela. E será, para Dani, uma alegria encontrar conhecidos lá.

A jornalista está se preparando para um ritmo de 1km a cada 6 minutos e 30 segundos (pace médio). “Vai ser minha primeira maratona. Enquanto um atleta de ponta leva cerca de duas horas para completar a prova, eu pretendo fazer de 4,5 a 5 horas”, explicou. Ela pretende manter o equilíbrio, para não dar tanto gás no início e esmorecer no final. “Eu estou treinando para manter um ritmo constante. Eu quero chegar bem ao final da prova. Não quero chegar morrendo, eu quero curtir”, comenta.

Correr para manter o equilíbrio

A corrida representa para Dani Danchura mais que o combate ao sedentarismo, foi o caminho que ela encontrou para o equilíbrio psicológico. “Correr é minha terapia, é uma paixão, é lazer, tudo isso”, registrando que precisou que se tornasse hábito para gostar. “Quando eu comecei, eu não amava e com o tempo fui me apaixonando”.

Em 2017, após uma pequena cirurgia, a corredora manifestou uma crise de pânico, que desencadeou em síndrome do pânico, depressão e ansiedade. Buscou o muay thai e depois conheceu a corrida. “[Correr] me ajuda a manter a cabeça boa, bem, em paz comigo mesma. [Gera] sensação de bem estar, de vencer a mim mesma, de superação, [injeta] adrenalina, endorfina”, defende.

Danchura sempre foi atleta, mas se viu sedentária por alguns anos da vida adulta. Atualmente, avalia a corrida como um investimento em saúde integral. E narra toda a emoção de correr em competições: “A gente começa nervosa com a prova, fica cansada, se pergunta o porquê inventou de estar ali, mas ao chegar ao final, é muita felicidade, a gente tira energia não sei de onde e já começa a pensar na próxima”.

fonte:leiagora

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