7 de outubro de 2024

Relator da privatização da Eletrobras no TCU propõe mudança em cláusula para que empresa possa ser reestatizada

Outro ministro da corte pediu vistas do processo, com tempo total ainda a ser definido

Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou nesta quarta, 20, a votação que pode conceder autorização ao processo de privatização da Eletrobras. O julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Vital do Rêgo, que solicitou um prazo maior para avaliar o processo. Vital do Rêgo pediu o prazo máximo permitido de 60 dias para a análise, mas a solicitação será votada pelo plenário, que pode conceder um período menor de tempo – discutiram-se sete dias, por exemplo. A presidente do TCU, Ana Arraes, decidiu conceder 20 dias para vistas coletivas dos ministros.

Anteriormente, o relator do processo, Aroldo Cedraz, já havia dado seu voto pela aprovação da privatização, com uma novidade: ele sugeriu uma mudança na regra de ‘poison pill’, que visa impedir que um acionista se torne majoritário repentinamente, para preservar a possibilidade do governo reestatizar a companhia elétrica. O mecanismo impede que um acionista que venha a ultrapassar determinados limites de participação acionária de 10% seja penalizado com a obrigação de realizar oferta pública para aquisição das quotas dos demais acionistas por valor até três vezes superior à maior cotação histórica das ações no mercado. Para Cedraz, caso a regra seja aplicada ao governo, seria contrária à Constituição, então é necessário permitir que a União ainda retome a empresa caso queira. O relator ainda pediu que o BNDES revisasse a metodologia usada para precificar as ações que serão oferecidas, após a área técnica do TCU detectar subavaliações em alguns cálculos.

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