7 de outubro de 2024

Médica acusada de matar verdureiro na Miguel Sutil nega ter bebido no dia do acidente e pede perdão

A médica Letícia Bortolini negou nesta quarta-feira (23) que tenha consumido bebida alcoólica no dia em que atropelou o verdureiro Francisco Lúcio Mara, em abril de 2018 na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. A afirmação foi dada ao juiz Flávio Miraglia durante audiência de instrução na 12ª Vara Criminal de Cuiabá.

Ela confirmou que, antes do acidente, tinha ido com o marido em um festival de churrasco e cerveja, e que após o acidente negou fazer o teste de bafômetro por medo do resultado. “ Usei o meu direito de não fazer o teste”, disse.

Disse ainda que deixou o evento antes das 20h e que o acidente aconteceu em um trecho escuro da avenida Miguel Sutil, que ouviu um barulho de batida, não muito alto. Olhou para o lado e viu apenas um retrovisor quebrado. Ela contou que preferiu não parar e seguiu viagem para a casa dos sogros. “A única coisa que ouvi foi um barulho, parecendo um som metálico. Quando olhei pro lado, só vi o retrovisor pendurado por um fio e caindo. Não tive mais visão de nada daquele lado e não percebi que havia acontecido um atropelamento”.

Ao chegar na casa dos sogros os policiais chegaram e um deles teria dito: “vocês não sabem que assassinaram uma pessoa?”, afirmou na audiência. Disse que seguiu os policiais até a delegacia, recusou fazer o teste do Bafômetro porque havia bebido no dia anterior e que estava com medo de dar positivo.

No final do depoimento, ela aproveitou para pedir desculpas à família do verdureiro. “Gostaria de pedir perdão para a família do seu Francisco. Eu sinto muito por estar naquele carro no momento do acidente. Em momento algum fugi do local do acidente. Não sai de casa para atropelar uma pessoa e não sou uma pessoa insensível. A dor que elas sentem é irreparável e vou levar isso por toda a vida, pois era eu que estava naquele volante. Minha vida nunca mais foi a mesma. Oro pela alma dele todas as noites. Sinto muito e peço perdão, mas não sou esse monstro. Não sou essa pessoa desumana, essa médica que deixa de prestar socorro”.

fonte:odocumento

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