7 de outubro de 2024

Após três dias de julgamento, empresário é absolvido pela segunda vez da acusação de ser mandante da morte de juiz

O empresário Josino Guimarães foi absolvido na noite desta quarta-feira (23) pelo júri popular da acusação de ser o mandante do assassinado do juiz federal Leopoldino Marques do Amaral. A decisão do Conselho de Sentença tomada após três dias de julgamento na Justiça Federal de Cuiabá e ficou em 4 a 2 pela absolvição.

Essa foi a segunda vez que Josino é absolvido. No primeiro julgamento do caso, realizado em 2011, o conselho de sentença decidiu pela absolvição do empresário. A decisão foi considerada contraditória, o Ministério Público Federal (MPF) recorreu e o processo foi anulado. Com retomada do caso na Justiça, Josino retornou ao banco dos réus e novamente foi inocentado pelo envolvimento no crime.

Prisões    

Josino chegou a ser preso duas vezes e foi condenado em outro processo em que foi acusado de fraude processual. A mando dos interesses de Josino Guimarães, o delegado da Polícia Civil Márcio Pieroni, juntamente com o agente penitenciário Gardel Tadeu Lima, o empresário Clóves Guimarães e o preso Abadia Proença fraudaram provas de um para simular que o corpo enterrado não era o do juiz Leopoldino e que ele estaria vivendo no exterior.

Toda a fraude tinha o objetivo de colocar em suspeita a morte do juiz e livrar Josino.

O caso 

O juiz mato-grossense Leopoldino Marques do Amaral foi morto após denunciar um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O magistrado havia escrito uma carta  em que fazia a denúncia. Por conta da carta, ele foi intimado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar o caso.

Uma semana antes da data marcada para o depoimento, ele foi encontrado morto no Paraguai, no dia 7 de setembro de 1999, com dois tiros na cabeça e parcialmente carbonizado, em uma vala ao lado de uma estrada de terra batida que liga as cidades de Loreto e Concepción.

Outros envolvidos na morte do juiz, a escrevente Beatriz Árias e o tio dela Marcos Peralta, também foram denunciados pelo Ministério Público Federal. Marcos Peralta morreu e Beatriz Árias foi julgada e condenada pelo Tribunal do Júri a 12 anos de prisão. Cumpridos dois terços da pena, Beatriz recebeu o direito de cumprir o restante da pena em regime liberdade condicional.

fonte:odocumento

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