Juiz decreta prisão preventiva de homem que matou a ex em VG

Audiência de custódia ocorreu na segunda (6); ele responde por feminicídio e tentativa de homicídio

O juiz Luís Augusto Veras Gadelha, da Vara da Violência Doméstica da Comarca de Várzea Grande, converteu a prisão em flagrante de Junior dos Santos Igesca em prisão preventiva.

A decisão ocorreu na tarde de segunda-feira (6), em audiência de custódia. Junior teve a defesa representada por uma defensora pública.

Ele foi  preso no domingo (5) após assassinar sua ex-esposa, Franciele Robert da Silva, de 33 anos, a facadas e tentar matar o ex-sogro, Aparecido José da Silva, de 67 anos. O idoso chegou a ser socorrido, mas morreu horas depois no hospital de Várzea Grande.

Deve o indiciado, portanto, permanecer preso durante a conclusão do inquérito policial e eventual instrução criminal

A defesa do homem pediu que fosse concedida a liberdade provisória com ou sem a fixação de outras medidas cautelares diversas da prisão.

No entanto, o juiz entendeu que por conta da gravidade do crime, a conversão do flagrante para a prisão preventiva era o único caminho a ser tomado.

Na decisão, o magistrado ainda destacou a forma como foram praticados os crimes, que revelaram “extrema periculosidade e frieza do indiciado”, já que Junior assassinou a técnica de enfermagem e o ex-sogro na frente da filha de 12 anos.

“Deve o indiciado, portanto, permanecer preso durante a conclusão do inquérito policial e eventual instrução criminal para garantia da ordem pública em razão da gravidade em concreto da sua conduta”, disse em trecho da decisão.

O crime

O assassinato ocorreu na noite de domingo, no Bairro Jardim Glória 1. Na ocasião, o homem foi até a residência de Aparecido atrás da ex-esposa. Antes de chegar em Franciele, o idoso tentou impedir o ex-genro de entrar em sua casa e acabou sendo esfaqueado.

Em seguida, o homem foi até o quarto onde a ex-mulher tentava se esconder junto com a filha. Segundo a polícia, ele arrombou a porta e matou a mulher com diversas facadas. Todo o crime foi presenciado pela filha do casal, de apenas 12 anos.

Franciele estava separada do suspeito e tinha uma medida protetiva em virtude de ameaças sofridas.

Após cometer os crimes, o homem tentou se matar. Porém, ele foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e, depois de atendido no Pronto Socorro de Várzea Grande, foi encaminhado pela Polícia Militar até a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Aparecido José da Silva, de 67 anos, estava internado em uma unidade de saúde, mas não resistiu e morreu na manhã de segunda-feira.

fonte:midianews