“Queremos justiça, queremos saber o que aconteceu”, diz irmã
A família da empresária Janaina Silva Barrozo, de 27 anos, morta com uma bala perdida durante uma festa clandestina em Cuiabá, tenta buscar respostas sobre a autoria do crime.
“Receber uma notícias dessas parece que nem é verdade, não caiu a ficha ainda”, diz Alinne Barrozo, de 31 anos, única irmã de Janaina. “A gente quer justiça, quer entender o que aconteceu”.
A tragédia aconteceu na noite de sábado (2) para domingo (3) no Distrito de Sucuri.
A família espera que os organizadores do evento sejam responsabilizados e, principalmente, o autor dos disparos. “A gente quer entender quem atirou e por que atirou. Essa pessoa tem que pagar”, diz Alinne.
Ela soube da notícia ainda durante a madrugada, pelo cunhado, que estava no evento ao lado da esposa quando tudo aconteceu.
A gente quer entender quem atirou e porquê atirou. Essa pessoa tem que pagar
Segundo Alinne, a irmã e o cunhado tinham o hábito de sair juntos e aproveitar a companhia um do outro. “Eram muito ativos, muito companheiros, gostavam de viver a vida”, ressalta.
O que mais revolta a família foi como tudo aconteceu – por uma bala perdida. “Não foi uma confusão deles. Não foi uma tentativa de assalto. Foi um crime muito…”, emociona-se Alinne sem conseguir completar a frase. “Está muito difícil”, acrescenta.
Até onde Alinne sabe, pós ficar um tempo na festa, o casal decidiu ir embora, pois estava insatisfeito com o evento.
Quando eles chegaram perto do carro, começou um tiroteio, momento em que Janaina foi atingida por um disparo nas costas.
Ela foi encaminhada para o Hospital Municipal de Cuiabá, pelo marido e por um casal de amigos, que estava no local.
Segundo Alinne, o cunhado está muito abalado com tudo o que aconteceu. “Ele viu a minha irmã perdendo muito sangue, está muito chocado”.
A amiga do casal, estudante de Medicina, teria auxiliado a estancar o ferimento de Janaina, mas ela perdeu muito sangue no trajeto ao hospital – muito distante da chácara em que a festa aconteceu.
Quando ela chegou na unidade hospitalar, precisou ser reanimada, mas não resistiu e morreu após uma parada cardíaca.
Janaina era muito ligada na família, que está desolada com a perda. “Era uma mãe maravilhosa, dedicada. Uma mulher muito alegre, muito querida. Não parei de receber mensagens e ligações, desde que recebi a notícia”, diz Alinne.
Segundo ela, já teriam sido cerca de 500 mensagens de apoio, entre amigos, familiares e conhecidos. “Ela não tinha problemas com ninguém”, acrescenta.
Moradora do Bairro CPA III em Cuiabá, Janaina tinha aberto recentemente – há cerca de três meses – uma empresa de ar condicionado junto com o marido.
A empresária deixa também uma filha de apenas 4 anos. Para a pequena, a mãe se tornou uma “estrelinha lá no céu”. “Eu falei que a mãe dela sempre vai olhar por ela de lá”, conta Alinne.
fonte:midianews
