7 de outubro de 2024

Max nega articular contra, mas cita falta de apoio para abrir CPI

Dois deputados retiraram assinaturas; presidente defende encerramento de demais CPIs da AL

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), negou que haja uma articulação dentro do Parlamento para “enterrar” a abertura da CPI do Gás de Cozinha, mas confirmou a ausência de assinaturas suficientes para dar início às investigações.

A comissão foi proposta pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) para apurar o preço abusivo do gás de cozinha em Mato Grosso.

“Não tem articulação contra. Não havendo as assinaturas, o deputado Cattani vai continuar com o seu trabalho. O que prevalece no Parlamento é se tiver maioria e um objeto que realmente valha a pena a Assembleia abrir [uma CPI]”, disse.

“Tem que ter que realmente indícios para que possa ocorrer essa CPI ou qualquer outra. Enterrada não está. Não tem as assinaturas ainda, mas isso não tem prazo”, acrescentou.

Temos três CPIs na Casa e a gente espera um encerramento delas

Até a semana passada, o requerimento contava com o respaldo mínimo de 16 parlamentares, mas os deputados Carlos Avallone (PSDB) e Romoaldo Junior (MDB) retiraram o apoio. Com isso, a instalação fica impedida.

Normalmente, apenas oito assinaturas são necessárias para a abertura de uma CPI. No entanto, como a Casa já possui três comissões em andamento, ao menos dois terços do Parlamento precisam apoiar o requerimento para que uma quarta comissão seja aberta.

Russi voltou a defender que as CPIs já em andamento na Casa – da Previdência dos Servidores de Mato Grosso, da Renúncia Fiscal e Sonegação e da energia elétrica – sejam encerradas antes que novas investigações sejam abertas.

“Temos três CPIs na Casa e a gente espera um encerramento delas. Porque não é só abrir uma CPI. Ela tem que avançar, ter resultados propositivos, resultados punitivos de investigação, e é isso que a gente vem defendendo dentro do Parlamento”, afirmou.

A reportagem já havia apurado que o Legislativo tenta evitar novas CPIs, principalmente antes das eleições de 2022, a fim de que as comissões não sejam usadas como palanque eleitoral ou terminem em “pizza”.

Recentemente, a deputada Janaina Riva (MDB) chegou a criticar a tentativa de abertura de novas comissões, apontando que as comissões em andamento têm tido “baixa produtividade”.

fonte:midianews

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