PGR acusa Galvan de supostamente financiar ato antidemocrático

Alexandre de Moraes proibiu o produtor rural e outros alvos de irem à Praça dos Três Poderes
A Procuradoria Geral da República (PGR) acusa o presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan, de supostamente financiar ato contra a democracia programado para o feriado do dia 7 de setembro.
A informação consta no pedido de mandados de busca e apreensão feito ao Supremo Tribunal Federal (STF). As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes e cumpridas na manhã desta sexta-feira (20) pela Polícia Federal.
Além de Galvan, também foram alvos o cantor Sérgio Reis, o deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ), o cantor Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como “Zé Trovão”, o cantor Eduardo Araújo, Wellington Macedo de Souza, Alexandre Urbano Raitz Petersen, Turíbio Torres, Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm.
“A Procuradoria Geral da República ressalta, ainda, que [Alexandre Urbano Raitz] Petersen, por sua vez, é o presidente de uma associação civil de ‘defesa de direitos sociais’ denominada Coalização Pró-Civilização, que tem recebido transferência bancárias com uma chave PIX na qual figura o domínio Brasil Livre”, disse o ministro em trecho do documento.

São doações de particulares para financiar a paralisação planejada por Zé Trovão, possivelmente patrocinada por Antonio Galvan
“São doações de particulares para financiar a paralisação planejada por Zé Trovão, possivelmente patrocinada por Antonio Galvan e amplamente divulgada por Wellington Macedo e por sua Marcha para a Família”, acrescentou.
Nesse mesmo portal, segundo a PGR, é possível acessar um formulário, que tem a finalidade de fazer um levantamento de quantas pessoas irão participar do movimento “nível local e em Brasília”. Há instruções para que os interessados procurem o responsável pelo evento em sua própria cidade ou acesse o site do Brasil Livre e aguarde a divulgação da relação dos líderes das caravanas de cada estado.
“O objetivo dos investigados, conforme a Procuradoria-Geral da República, é dar um ‘ultimato’ no presidente do Senado Federal [Rodrigo Pacheco], invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal, ‘quebrar tudo’ e retirar os magistrados dos respectivos cargos ‘na marra'”, afirmou.
Na decisão, Alexandre de Moraes proibiu todos os investigados de se aproximarem no raio de um quilômetro da Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).
“Pegar fogo”
Em conversa com o MidiaNews, o produtor rural mato-grossense Antônio Galvan afirmou que a manifestação está mantida e classificou a ação do STF como “intimidação pura”.
“Estou no grupo dos líderes do Movimento Brasil Verde Amarelo. Intimidação pura. Agora que o movimento vai pegar fogo. Vai ser ainda maior”, disse.
Entenda
O produtor rural entrou na mira do STF após realizar uma reunião em que o cantor Sérgio Reis defendeu o afastamento dos ministros da corte pelo Senado Federal.
No áudio, uma conversa com um amigo que veio a público no fim de semana, Reis disse que “se em 30 dias não tirarem os caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria”.
Reis também falou de uma reunião que teve com o próprio presidente Jair Bolsonaro e com militares “do Exército, da Marinha e da Aeronáutica”, em que informou o que faria.
fonte:midianews