7 de outubro de 2024

Ministro volta atrás, nega mais doses a Cuiabá e VG e diz que vai incrementar MT

Apesar da articulação feita por parlamentares e prefeitos de Mato Grosso, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga avisou que o governo Federal não estuda o envio de doses extra de vacina contra Covid-19 para Cuiabá e Várzea Grande como compensação pela realização da Copa América. Contudo, adiantou que há um estudo sobre mandar um incremento ao estado devido às longas extensões de fronteiras secas com outros países, o que facilita o fluxo de pessoas e pode representar perigo de circularem novas variantes.

“Irei com prazer a MT, mas não há uma estratégia específica em relação a competição esportiva. Na realidade o que está em discussão, esses estados que têm grandes fronteiras secas com países vizinhos, está em estudo no PNI para se ampliar a vacinação nesses estados que territorialmente são grandes, mas que tem concentração demográficas pequenas, de tal maneira que o esforço para ampliar a imunização não é tão grande, e do ponto de vista epidemiológico pode ser importante para conter prováveis variantes”, declarou nesta segunda (21) durante a audiência na Comissão da Covid-19, no Senado.  

Contudo, em vídeo do dia 9 de junho, o ministro, ao lado do deputado federal Emanuelzinho (PTB), chegou a confirmar as doses extra para Cuiabá. “Essa demanda das vacinas com certeza nós vamos atender, com muito prazer. Eu já vou verificar com o Programa Nacional de Imunização a quantidade de doses que será remetida para a capital de Mato Grosso, a nossa querida Cuiabá. Em breve eu quero estar com você e com o povo cuiabano. O Ministério da Saúde está sempre de portas abertas”, declarou, à época, Queiroga.

A fala do ministro no Senado enterra as expectativas de imunização de 100% das populações com idade para receber as vacinas nas duas cidades nos próximos meses. Apesar da previsão de envio de mais doses para estados fronteiriços, como MT, MS, PR, Amazonas, o ministro não detalhou sobre número de doses e data para envio.

Ele foi questionado pelo senador Wellington Fagundes (PL) sobre o assunto após ter recebido mensagem do colega da bancada Jayme Campos (DEM), um dos responsáveis por articular reunião do prefeito Kalil Baracat (MDB) com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na semana passada.

prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e o deputado federal Emanuelzinho (PTB) também foram recebidos pelo presidente anteriormente. Nas reuniões o presidente teria se comprometido a estudar o assunto e dar uma resposta até a semana passada.

Neste final de semana, o país atingiu a marca de 500 mil mortos pela doença e o atraso em viabilizar imunizantes tem sido tema sensível no Governo Federal. Isso porque durante os trabalhos da CPI da Covid no Senado, alguns depoentes e senadores falam em possível omissão da gestão de Bolsonaro que teria recusado ofertas de vacinas desde o ano passado.

fonte:rdnews

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