7 de outubro de 2024

Sei que um dia ela vai sair. Mas não quero que isso ocorra agora, diz mãe de Isabele

Sei que vai chegar esse momento. Sei que um dia ela vai sair. Mas não quero que isso aconteça agora. Essa afirmação é da mãe da adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, empresária Patrícia Guimarães Ramos, sobre a possível soltura de , B. de O. C., de 15 anos, condenada por matar a filha dela. Prestes a passar o primeiro dias das mães sem a filha, Patrícia está realizando hoje (21) um culto ecumênico na rotatória do condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.

“O tempo não é suficiente para aplacar a dor que sinto. E espero que não seja agora que ocorra a soltura dela. Esse evento é para que a Justiça seja mantida. Pois para chegarmos até aqui, o caminho foi muito penoso”, afirmou a mãe de Isabele.

Parentes e amigos participam do ato também. E assim como a mãe tem vários questionamentos sobre a dentenção da menor, que segundo eles tem muitas reaglias que outra apreendidas não possuem.

“Ela recebe a alimentação de fora e diferente das meninas. É tratamento dentário que pode fazer fora do local. Nós sabemos que isso não se aplica a todas. Sabemos também, que ela não ficar lá por muito tempo, mas esperamos que a pelo menos a pena aplicada pela juíza Cristiane Padim da Silva seja mantida”, disse. 

Todos os participantes foram até o local vestindo trajes brancos, em homenagem também aos nove meses de morte da “Bele” completados na segunda (12).

“Estamos lutando para que a justiça seja feita. E que esse assassinato não seja esquecido. A minha vida mudou. A dor é muito grande. E por isso que vamos continuar a fazer protestos e mostrar que não vamos nos calar”, afirmou Patrícia. 

Votação

Na quarta (14), o desembargador Rondon Bassil Dower Filho votou por acatar recurso da defesa e dar liberdade à adolescente B.O.C. Com o voto dele, agora o julgamento na 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça está empatado em um a um, restando o voto do desembargador Gilberto Giraldelli, que pediu vista. 

O julgamento havia sido iniciado em 31 de março e foi interrompido por pedido de vista de Rondon Bassil. O relator, desembargador Juvenal Pereira da Silva, votou por manter o cumprimento imediato da sentença de até três anos de internação em instituição socioeducativa.

fonte:rdnews

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