7 de outubro de 2024

Operação combate tráfico por aviões em MT e 3 Estados

Investigação já identificou 7 aeronaves usada para tráfico internacional e interestadual

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) deflagrou operação, nesta quinta-feira (15/4), contra uma suposta organização criminosa de tráfico de drogas e que, ao longo de um ano e meio, foi flagrada com sete aeronaves, em atuação interestadual e internacional.

A Operação Narco Flight está cumprindo mandados de busca, apreensão e prisão em Goiás, São Paulo, Mato Grosso e Santa Catarina. As investigações dão conta de que os suspeitos são ligados a uma grande facção brasileira.

Em Goiás, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) cumpre, nesta quinta, 4 mandados de prisão e 12 mandados de busca e apreensão.

Patrão do crime

As prisões são contra o chefe da suposta organização criminosa, que mora em Goiânia, o gerente operacional e dois operadores que são responsáveis pelo trabalho de campo.

Os nomes dos suspeitos ainda não foram divulgados.

São objeto de mandados de busca locais utilizados por supostos pilotos e financiadores do esquema.

Uma escola de aviação em Goiânia, objeto de busca e apreensão, é investigada por suposta manutenção e custódia dessas aeronaves.

Começou com helicóptero

As investigações da PCGO tiveram início há um ano e meio, com informações de que um helicóptero estaria transportando drogas para Goiás.

O helicóptero foi abordado em uma cidade que faz divisa com Mato Grosso e, no local, uma aeronave foi apreendida por estar com prefixo clonado.

O piloto e o responsável pelo reabastecimento do helicóptero foram presos por porte de munição.

Meses depois de ser solto, o piloto do helicóptero foi preso, novamente, com 1 milhão de dólares e uma arma de fogo, no Pará. Na ocasião, ele pilotava um avião, que foi apreendido.

Pista clandestina

Depois, segundo a PCGO, a suposta organização criminosa adquiriu uma terceira aeronave, que foi danificada em acidente em pista de pouso clandestina, após uma das supostas operações aéreas de tráfico.

Após diligências, a Polícia Civil passou a monitorar a quarta aeronave usada pelos suspeitos, em Mozarlândia, na região oeste de Goiás, a 300 quilômetros de Goiânia.

Esta aeronave decolou de Mozarlândia, no noroeste goiano, e pousou no Amazonas, onde foi apreendida com irregularidades no plano de voo, grande quantidade de combustível e pilotos não licenciados.

Depois, de acordo com as investigações, a suposta organização criminosa adquiriu uma quinta aeronave, que também passou a ser monitorada pela polícia e, de Palmeiras de Goiás, chegou a decolar uma vez com destino a Roraima, onde o trem de pouso quebrou.

Na ocasião, segundo a Polícia Civil, os possíveis traficantes compraram um trem de pouso para essa aeronave, em Goiânia, e o levaram, em um veículo, para Roraima.

Em razão da demora na resolução do problema do trem de pouso, a possível organização criminosa, adquiriu uma sexta aeronave.

Carregamento de drogas

Essa nova aeronave chegou a decolar de Goiânia com destino a Roraima. De acordo com a delegacia, o objetivo era buscar o carregamento de drogas que se encontrava no local.

Nesta ocasião, segundo a investigação, a sexta aeronave foi abordada com 400kg de droga (skunk) e 10 kg de pasta base de cocaína.

Skunk (gambá, em português) refere-se a variedades de cannabis de odor mais forte e dotadas de maior concentração de substâncias psicoativas produzidas mediante cruzamentos de várias espécies do mesmo gênero.

Todos os ocupantes da sexta aeronave foram presos. Além disso, uma caminhonete Hilux preta foi apreendida em Roraima. Ela chegou a ser filmada antes na casa do chefe da suposta organização criminosa, em Goiânia.

Tráfico fora do país

Por causa da apreensão de mais uma aeronave, cujos integrantes foram presos, a suposta organização criminosa adquiriu o sétimo avião, no Paraná, de onde seguiu para Goiás, Mato Grosso, Manaus e Roraima.

Do estado localizado no norte do país, o avião atravessou a Venezuela e, assim que entrou no espaço aéreo colombiano, foi interceptado pela Força Aérea Colombiana.

A Operação Narco Flight foi batizada com esse nome em alusão aos voos realizados para operar o tráfico de drogas.

fonte:folhamax

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