7 de outubro de 2024

Devastado, setor de eventos vive pior crise e buffets podem fechar as portas

O setor de eventos é um dos mais afetados pela crise sanitária causada pela disseminação da Covid-19. A maioria dos 5,2 mil buffet de festas no estado é de empresas familiares cuja renda é essencial para o sustento. Semana passada, o governador Mauro Mendes (DEM) editou medidas mais rígidas para evitar o contágio, o que atingiu o setor em cheio.

É o caso de Anderson Santos, proprietário do buffet Mimos Tati. Ele conta que desde o ano passado quando ficou desde abril até o final de agosto sem poder trabalhar, os prejuízos foram altos e que estava começando uma tímida recuperação, mas se viu desolado com a situação.

“Estávamos com 23 eventos marcados e que serão adiados. Fora que alguns desses eventos já eram reagendados do ano passado. Está sendo muito difícil, clientes pedem o dinheiro de volta ou ameaçam, processar”, lamenta Anderson.

Em seu buffet ele conta que nas festas ao longo do mês chega a mobilizar mais de 30 profissionais que já estão sem nenhuma renda e não contam mais com o auxílio emergencial de R$ 600, como ocorreu no ano passado.

Assessoria

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Festas particulares atendiam a medidas para evitar contágio, diz Sindicato

“Os contratos já estavam pagos e agora que estava tapando os frutos do ano passado. Outro problema é que muita gente trabalha em prédios alugados, não são próprios e tinha uma negociação para começar a pagar em janeiro os meses de atraso, até porque muito proprietários deram um alívio”, explica.

Presidente do Sindieventos, Alcimar Moretti, que também é empresária, considera a situação devastadora e reclama da falta de compreensão do poder público em não dar alternativa e nem ouvir o setor na tomada de decisões.

“O prejuízo não dá para contar. Tem noiva que já marcou três vezes a data do casamento e agora ela desiste de casar. É lamentável que o governo não consiga perceber”, diz.

Ela não acredita que os decretos vão ter efetividade em reduzir os casos de Covid e ainda afirma que a maioria das empresas de eventos estavam trabalhando conforme as medidas para evitar o contágio.

“Se fosse a saúde a prioridade, já teria feito isso desde o ano passado. O setor de eventos paga pelo que não foi feito, o sacrifício está sendo nosso. Até restaurantes podem fazer delivery, a gente não. Deveriam ter ouvido a gente, porque nem todo evento é aglomeração, o que causa isso é balada”, conclui.

 

FONTE RDNEWS

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