4 de dezembro de 2024

DOMINAÇÃO E SUBMISSÃO: CONHEÇA O SADOMASOQUISMO

Você provavelmente já ouviu falar sobre o sadomasoquismo. O polêmico tema gera muitos debates acerca dos limites do sexo e do prazer e ainda é um grande tabu. Mas você sabe no que consiste essa prática?

 

O sadomasoquismo é a relação entre duas tendências sexuais opostas: o sadismo e o masoquismo, que significam basicamente a busca pelo prazer gerado pela imposição e pelo recebimento de dor.

Durante décadas essa prática sexual foi considerada anormal e doentia, sendo analisada por médicos e psiquiatras ao redor do mundo. No entanto, hoje em dia já é entendido como uma preferência, sem nenhuma relação com o caráter da pessoa e nem com sua vivência em sociedade.

De onde vem o termo?

O Sadomasoquismo vem da junção dos nomes de Marquês de Sade e Leopold van Sacher- Masoch, escritores do século XVIII conhecidos por suas práticas bastante libertinas e obscuras.

As obras de Sade eram repletas de referências a relações sexuais brutais visando o sofrimento alheio. Em referência a ele foi nominado o Sadismo (ou dominação), que é a tendência onde o indivíduo sente prazer em mandar, impor e observar o flagelo físico e moral de outro.

Masoch, por outro lado, dedicou sua literatura a personagens que sentiam deleite em serem batidos e humilhados, nomeando por sua vez o Masoquismo (submissão), que é a vertente na qual o indivíduo sente satisfação em receber qualquer tipo de dor e agonia.

Desse modo, a junção das duas cria o sadomasoquismo – onde um gosta de proporcionar e o outro de experimentar a dor.

A relação entre dor e prazer

 Como a dor pode estar relacionada ao prazer? A ciência explica! De acordo com uma pesquisa da Northern Illinois University (EUA), durante as práticas sadomasoquistas, o hormônio relacionado ao estresse, conhecido como cortisol, é liberado drasticamente, aproximado a dor da sensação de deleite.

Outro estudo feito em 2009 pelo Imperial College London, do Reino Unido, também revelou que após os estímulos causados pela dor, é liberada uma boa quantidade de dopamina, o neurotransmissor do prazer.

 

Mas afinal, o que é feito na prática do sadomasoquismo?

 Numa relação na qual o primeiro deve comandar e o segundo deve obedecer às ordens sem fazer questionamentos, alguns objetos e práticas um tanto excêntricas são utilizadas, como por exemplo: algemas; andar com salto agulha em cima do corpo do parceiro; torturas com objetos pontiagudos e cortantes; queimaduras; agulhas, facas e prendedores; chicotadas; choques elétricos; asfixia e o que mais permitir a criatividade do casal!

Para intensificar o poder do dominador, também são encenadas algumas fantasias com esses elementos, estimulando áreas erógenas e provando a inferioridade do submisso.

Entre quatro paredes vale tudo?

 É preciso ressaltar que os relacionamentos que envolvem sadomasoquismo são consensuais, ou seja, é de comum acordo entre os envolvidos. Os papeis do sadista e masoquista são discutidos previamente, assim, cada casal cria suas próprias regras.

Além disso, a prática segue um ideal básico conhecido como SSC – São, seguro e consensual, para que não ocorram atitudes abusivas ou violentas fora do combinado. Para isso, é comum que o casal crie uma “palavra de segurança” que deve ser usada quando o ato está chegando a algum extremo e deixando de ser prazeroso.

Ao acionar a palavra, a ação deve ser interrompida imediatamente. Com respeito aos limites e prazeres individuais, essa prática sexual pode ser desenvolvida com segurança.

E você, já se aventurou no sadomasoquismo?

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